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Dengue no ES: quase metade dos mortos eram diabéticos e/ou hipertensos

Dengue no ES: quase metade dos mortos eram diabéticos e/ou hipertensos

Das 43 mortes pela doença confirmadas até o momento, 24 eram de pessoas com uma ou mais comorbidades, sendo a maioria diabetes e/ou hipertensão; outras, tinham doenças autoimunes ou respiratórias

Publicado em 1 de maio de 2023 às 12:56

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Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue
Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue. (Divulgação)

Um levantamento feito pelo Centro de Operações de Emergência Arboviroses (COE/ES), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), mostra que mais da metade dos óbitos por dengue no Espírito Santo são de pessoas com comorbidades.

Dos 43 óbitos confirmados até o momento, 24 deles eram de pessoas com uma ou mais comorbidades, correspondendo a cerca de 56%. Entre as doenças pré-existentes nas vítimas estão: doenças autoimunes, respiratórias, diabetes e hipertensão – a maioria tinha as duas últimas (não foi detalhado quantos tinham somente uma delas, e quantos tinham ambas).

As comorbidades são doenças ou condições que podem potencializar os riscos à saúde, no caso de o portador vir a se infectar com algum agente patogênico. No caso da dengue no Espírito Santo, os dados mostram que a maioria dos óbitos tem outras doenças de base, com destaque para a hipertensão.

“A hipertensão era comum em 18 dos 24 óbitos por dengue que tinham comorbidades. É importante que todos, tendo ou não comorbidade, possam se cuidar contra a dengue, ajudando na fiscalização dos locais, na limpeza, utilizando repelente, etc. Além disso, aqueles que já têm uma doença de base, é importante não deixar de se cuidar e fazer o tratamento adequado”, informou o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde da Sesa, Orlei Cardoso.

Em relação à faixa etária das vítimas, cerca de 76% deles ocorreram em pessoas com mais de 40 anos, sendo o grupo de 80 a 89 anos o de maior ocorrência, com onze óbitos, seguido do de 60 a 69 anos, com nove óbitos.

Em meio a esse cenário epidemia de dengue no Estado, e também da crescente de casos notificados das demais arboviroses, como chikungunya e zika, o subsecretário reforça a importância dos cuidados no sentido de se manter vigilante quanto aos sinais e sintomas para iniciar a hidratação, além da importância de procurar o serviço de saúde.

“Ressaltamos sempre a importância de toda a população estar atenta aos sinais e sintomas da dengue, e das demais arboviroses. Teve febre, dores de cabeça e no corpo procure um serviço de saúde e inicie, desde já, a hidratação, com a ingestão de água, soro caseiro e sucos”, evidenciou Orlei Cardoso.

Perfil dos óbitos por dengue

  • O Espírito Santo confirmou 43 óbitos por dengue. Desses, 15 eram do sexo masculino e 28 do sexo feminino.

  • Em relação às comorbidades, ao todo 24 óbitos apresentaram uma ou mais doenças de base, como hipertensão (18), diabetes (9), hepatopatias (1), doenças autoimunes (1), doenças hematológicas (1), doenças respiratórias (1) e outras (2).

  • Quanto à faixa etária, foram confirmados um óbito nas faixas etárias de 0 a 9 anos e de 30 a 39 anos; dois óbitos nas faixas etárias de 30 a 39 anos e 90 a 99 anos; quatro óbitos de 70 a 79 anos; seis óbitos de 40 a 49 anos; sete óbitos de 50 a 59 anos; nove óbitos de 60 a 69 anos; e onze óbitos de 80 a 89 anos.

*Com informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa)

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