O projeto do governo do ES que prevê reajuste de até 25% do salário de professores da rede estadual que recebem por subsídio foi aprovado na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (27). A proposta segue para sanção do governador Renato Casagrande (PSB).
O subsídio é um modelo que tem um salário-base maior, mas que não traz os benefícios que o servidor acumula com o tempo, ou seja, não conta com penduricalhos como adicional de tempo de serviço e assiduidade, que existem no regime de vencimento.
O benefício será retroativo a partir de janeiro deste ano. Para os professores que ingressarem na carreira do magistério do Estado, o salário vai passar de R$ 2.154,00 para R$ 2.700,00.
Durante pronunciamento nesta terça-feira (26), o governador explicou que a concessão de reajuste maior no ingresso do profissional visa a valorização da carreira e tornar a atividade mais atrativa no Estado.
“Com essa correção de entrada, altera e muda um pouco durante o avanço da carreira. A média de correção de salário é de 18% em toda carreira do professor", disse o chefe do Executivo estadual.
O secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, explicou o reajuste inclui progressão e promoção. “Tudo o que aconteceu esse ano vai ser impactado para melhor, em função da retroatividade. Só o bônus que não, pois ele tem como base o ano passado. Ano que vem, esse bônus terá diferença com o anúncio feito hoje pelo governador”, acrescentou.
Em entrevista recente, o secretário de Comunicação e Divulgação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Ildebrando José Paranhos, avaliou que, nas condições colocadas pelo Estado, esta foi a melhor proposta possível para a categoria.
“Tivemos várias reuniões para poder dialogar. A primeira proposta do governo foi um pouco menor que esta, conseguimos avançar e ainda ficou abaixo do que gostaríamos. Além disso, o modelo apresentado não contempla toda a categoria. Isso porque o Estado tem dois modelos, o pessoal que recebe por vencimento e o que recebe por subsídio. Os cerca de 10 mil que recebem por vencimentos não foram contemplados, apenas os cerca de 17 mil que recebem por subsídio. Mas o Estado colocou compromisso de, a partir de janeiro, discutir um reajuste que contemple a todos”, apontou Ildebrando.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta