Dez dias após um barco naufragar em Santa Cruz, no município de Aracruz, o pescador Alex, conhecido pelo apelido de “Bodão”, continua desaparecido. Segundo a Marinha do Brasil, as buscas permanecem, mas agora passam para a uma segunda fase, em que a corporação acionará embarcações e aeronaves para os locais de busca somente quando houver novos indícios de que localização do tripulante.
Três pescadores estavam no barco, que estava ancorado, esperando anoitecer para começarem o trabalho de pesca de camarões quando a outra embarcação teria colidido contra o pesqueiro, que afundou em seguida. Dos tripulantes foram resgatados com vida: o pescador Arlei Lacerda e outro homem, que não teve o nome informado. Já Alex, não foi encontrado.
Por nota, a Marinha informou que, durante sete dias, conduziu uma Operação de Busca e Salvamento (SAR), com apoio de uma equipe da Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES). Cerca de 15.700 km² foram percorridos durante as buscas ao longo da costa do Espírito Santo, da proximidade da Ilha Escalvada, no município de Guarapari, ao Pontal da Regência, no município de Linhares, Norte do Estado.
A corporação ainda explicou, por nota, que a segunda fase das buscas começou na última terça-feira (5), contando com a colaboração de outras embarcações e aeronaves que passam pela região para acionarem a Marinha caso encontrem algum indício que possa ajudar nas buscas.
“Neste momento, o Salvamar Sueste, estrutura orgânica responsável pelas ações de SAR na região, continua a emitir Aviso aos Navegantes, dando ampla divulgação por rádio, com o objetivo de alertar e solicitar apoio a todas as embarcações e aeronaves, civis e militares, que trafegam ou sobrevoam a região de buscas. O acionamento de embarcações e aeronaves da Marinha do Brasil ocorrerá diante de fatos novos sobre a ocorrência”, disse, em nota.
A Marinha informou também que mantém contato com os familiares do tripulante desaparecido, atualizando sobre as operações de buscas.
A Marinha afirmou que um inquérito administrativo foi instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades da ocorrência, além de colher ensinamentos para reduzir a probabilidade de situações análogas no futuro. "Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei nº 2.180/54".
O órgão destacou que considera importante a participação da sociedade, que pode acionar a Marinha pelo telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio) e (027) 2124-6526 (diretamente com a Capitania dos Portos para outros assuntos, inclusive denúncias). Também estão disponíveis o e-mail [email protected] e o aplicativo "Praia Segura", que pode ser baixado gratuitamente em aparelhos celulares Android e iOS.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta