Dezembro já é marcado pela chegada do verão, tão aguardado pelos amantes de praia e calor. Mas, além da nova estação, que dá as caras no próximo dia 21, o mês também contará com eventos astronômicos significativos.
Na última quinta-feira (9), conforme publicou a reportagem de A Gazeta, o alinhamento dos planetas com a Lua formam uma bela conjunção no céu. Ainda este mês, teremos a passagem do cometa Leonard e a maior chuva de meteoros do ano, a Geminids, da constelação de Gêmeos.
Segundo o Gaturamo — Observatório Astronômico da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) — ainda é possível visualizar o alinhamento planetário entre Vênus, Júpiter, Saturno e a Lua.
A passagem do cometa, tão aguardada por quem gosta de acompanhar os eventos astronômicos, começa a ser observável — com uso de telescópio ou binóculos — a partir do dia 15: basta olhar em direção a constelação de Sagitário no Oeste do céu, onde o Sol se põe.
Aplicativos como o Sky Map, Stellarium e Star Chart podem ajudar a localizar melhor o objeto no céu. Leonard viaja a 250 quilômetros por hora e foi descoberto enquanto passava por Júpiter. Ele foi batizado de C/2021 A1 e é considerado um cometa ultrarrápido. A astronomia aponta que, mesmo com essa velocidade, para observadores amadores, essa bola gigante de gelo vai parecer uma pequena estrela.
De acordo com o Gaturamo, a chuva de meteoros geminídeas, a mais aguardada e a maior do ano, será possível observar, a olho nu. Também será possível visualizar o planeta Mercúrio junto com Vênus, Júpiter e Saturno.
O Observatório aponta que outros eventos possíveis de serem contemplados no final de 2021 são as conjunções entre Vênus e o cometa Leonard, Vênus e Mercúrio e, por fim, entre a Lua e Marte. Com tantos eventos já ocorrendo e os que ainda estão por vir, é importante anotar tudo para não perder nada.
Na madrugada de segunda (13) e terça-feira (14), a chuva de meteoros geminídeas atinge seu pico. "Os meteoros desta chuva são geralmente brilhantes e coloridos. A intensidade observada é diferente nos dois hemisférios da Terra, o hemisfério Norte é ligeiramente mais forte e o hemisfério Sul tem uma taxa mais baixa de meteoros", aponta o Gaturamo.
A chuva terá origem na região oeste de Gêmeos, por isso o nome "Geminids" ou geminídeas e fica localizada ao Norte da constelação de Orion, onde observamos as famosas Três Marias.
Em outra ocasião, o professor do departamento de física da Ufes e diretor técnico-científico do planetário da Vitória, Sérgio Bisch explicou a diferença entre os cometas e os meteoros: os primeiros são pedaços de rocha misturados com gelo; enquanto os segundos são pequenos fragmentos que atingem a atmosfera terrestre.
Ainda de acordo ele, os dois corpos também se apresentam de maneiras distintas no céu. "O cometa é como se fosse uma estrela e aparece parado para nós. Já o meteoro é visto como um risco, que dura apenas uma fração de segundos", esclareceu. Popularmente, os meteoros são chamados de estrelas cadentes.
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