A doação de leite materno é uma boa ação que pode ajudar a salvar vários bebês, principalmente os recém-nascidos prematuros que, por conta das condições de saúde e da internação, têm dificuldade de sugar o líquido. Nesta quinta-feira (19), é celebrado o Dia Mundial de Doação de Leite Humano e, no Espírito Santo, existem sete locais onde o alimento pode ser doado.
Segundo a coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança da Secretaria da Saúde, a pediatra Edna Vaccari, para ser doadora a lactante precisa se enquadrar em alguns pré-requisitos, entre eles apresentar excesso de leite, ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação, além de se dispor a ordenhar.
De acordo com a Coordenadora do BLH do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), Mônica Pontes, o Banco de Leite Humano do Estado está precisando de doações. Segundo ela, atualmente, é arrecadado metade da quantidade diária necessária.
"Hoje nós estamos com déficit de 50%. A gente supre diariamente seis litros de leite e não estamos conseguindo arrecadar esse valor. Estamos arrecadando a metade, uma média de três litros por dia", contou, em entrevista à repórter Gabriela Martins, da TV Gazeta.
Mônica Pontes explicou ainda que o leite humano é de suma importância sobretudo para bebês prematuros ou internados em UTIs pois tem efeitos nutricionais que podem até reduzir o tempo de internação.
"O leite materno é o principal alimento para qualquer bebê. Quando se trata de um bebê patológico, ou um bebê prematuro no hospital, ele passa a ser de uma importância fundamental, porque garante a nutrição, tem ação farmacêutica, imunológica e medicamentosa. Ele reduz o tempo de internação", completou.
Para ser doado, o leite materno tem que ser pasteurizado. Rosana Lima, enfermeira obstétrica e consultora de aleitamento materno e cuidados materno-infantil, explicou que o alimento passa por um preparo especial para que seja dado ao bebê de forma segura.
"Ele passa por uma espécie de cozimento a 60ºC, no qual os organismos patógenos são mortos. Também são feitos testes bioquímicos, determinação do conteúdo energético, sujidade... Ele é preparado e manipulado para ser recebido de forma segura", disse.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 18h30. Endereço: Avenida Marechal Campos, 1.355, Maruípe (Vitória). Contato: (27) 3335-7515 / (27) 3335-7424
Horário de funcionamento: de domingo a sábado, das 7h às 18h (inclusive nos feriados). Endereço: Avenida Ministro Salgado Filho, 918, Soteco, Vila Velha. Contato: (27) 3636-3151. E-mail: [email protected]. No período de enfrentamento à pandemia da Covid-19, o horário de atendimento está restrito das 8h às 17h.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h. Endereço: Avenida Joubert de Barros, 555, Bento Ferreira, Vitória. Contato: (27) 3636-6568.
Horário de funcionamento: de segunda a segunda-feira, das 7h às 19h. Endereço: Rua Anacleto Ramos, 55, Bairro Ferroviários. Contato: (28) 3521-6199 ou (28) 3526-6219 E-mail: [email protected] /[email protected].
Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30. Endereço: Ladeira Cristo Rei, Centro, Colatina. Contato: (27) 2102-2144 E-mail: [email protected] / [email protected].
Horário de funcionamento: de terça a quinta-feira, das 7h às 16h. Endereço: Rua Dr. João dos Santos Neves, 143, Vila Rubim, Vitória. Contato: (27) 3212-7246 E-mail: [email protected].
Horário de funcionamento: de segunda a segunda-feira, das 07h às 19h. Endereço: Avenida Vitória, 119, Ilha de Santa Maria, Vitória. Contato: (27) 3025-0230.
Antes do guia prático, é preciso ressaltar algo imprescindível: o leite cru congelado só pode ser dado ao filho da mulher que fez a coleta. Isso, porque vírus como o da Hepatite B e da Aids já foram isolados no leite – o que poderia colocar a saúde do outro bebê em risco. Agora, sim, veja o passo a passo:
Antes da coleta, é necessário se preparar da forma adequada, pois um descuido pode colocar tudo a perder. É preciso lavar bem as mãos, limpar a mama com água, prender o cabelo, usar máscara e escolher um ambiente limpo.
Para o armazenamento correto do leite, o frasco precisa ser de vidro, com tampa de plástico. Preferencialmente, com, pelo menos, duas voltas de vedação. O pote também deve ser previamente fervido para eliminação de sujeiras e micro-organismos.
Se for usar uma bomba elétrica, é preciso que o coletor do equipamento também tenha sido fervido. Os primeiros jatos de leite devem ser desprezados e nunca se deve encher totalmente o recipiente no qual ele será armazenado.
Após ser bem fechado, o pote deve ser levado ao freezer ou congelador, identificado com uma etiqueta contendo a data em que foi feita a coleta. A partir daí, a validade do leite é de 15 dias. Evite que o armazenamento se dê junto de alimentos que contenham odores fortes.
Se o pote escolhido tiver 250 ml, e a primeira coleta for de apenas 100 ml, é possível fazer uma nova ordenha e guardar mais leite no mesmo frasco. Para isso, basta usar outro recipiente para a coleta e jogar o conteúdo no frasco antigo. Não é preciso nem retirá-lo do congelador. Mas, atenção: o prazo de validade conta a partir da data da primeira coleta.
Para usar o leite cru congelado, basta aquecê-lo em banho maria. O que não for utilizado pode ser guardado na geladeira e dado à criança nas próximas 12 horas. Dê preferência para o uso de copinho ou colher dosadora. Em última hipótese, a mamadeira. Lembrando que todos devem ser fervidos antes de cada uso.
Para que o leite continue sendo um alimento seguro para o bebê é importante que não haja impurezas. Se um cílio, por exemplo, cair no pote, no momento da coleta, o leite deve ser descartado. O mesmo acontece se o congelador sofrer com uma queda de energia elétrica e o alimento acabar descongelando.
Com informações de Larissa Avillez e Murilo Cuzzuol, de A Gazeta, e Agência Brasil
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