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Diarista fica ferida ao ser atacada por cachorro na rua em Guarapari

Diarista fica ferida ao ser atacada por cachorro na rua em Guarapari

Vítima sofreu um corte profundo de quase 10 cm e está impedida de trabalhar. Nos últimos meses, pelo menos outros dois casos parecidos aconteceram na cidade

Publicado em 3 de janeiro de 2023 às 19:08- Atualizado há 2 anos

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A vítima ficou com um ferimento grave na perna por causa da mordida
A vítima ficou com um ferimento grave na perna por causa da mordida. (Arquivo Pessoal)
Maria Fernanda Conti
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Um problema que já ocorreu pelo menos outras duas vezes nos últimos meses voltou a assustar os moradores de Guarapari: a diarista Lucimar Hemerly Carvalho, de 56 anos, ficou ferida ao ser atacada por um cachorro no último dia 27 de dezembro. O fato aconteceu no bairro Ipiranga, perto da rua Afonso Cláudio.

O cachorro sem raça definida, segundo ela, partiu para cima no momento em que a vítima ia visitar uma amiga doente na região. Ela estava na garupa da moto com a irmã, que era quem conduzia o veículo, quando levou a mordida em frente a uma oficina mecânica. Lucimar sofreu um corte profundo na perna, de aproximadamente 10 cm.

"No momento em que estávamos passando por um quebra-molas, minha irmã diminuiu a velocidade. De repente, senti ele na minha perna. Quando reparei, levantei e vi aquele estrago. Foi uma dor absurda. Ele era da oficina. Está tudo infeccionado", afirmou.

Diarista fica ferida ao ser atacada por cachorro na rua em Guarapari

Diante da gravidade do ferimento, a mulher foi socorrida para um Pronto Atendimento (PA) da região. Conforme ela relembrou, a própria equipe do PA registrou a ocorrência no Centro de Zoonoses do município.

"Eles (Zoonoses) me ligaram, dizendo que o cachorro era vacinado, castrado, e que não precisava tomar vacina. No entanto, ele tinha que ser observado por uns dias, mas nos contaram que o animal sumiu, como se alguém tivesse levado ele para outro lugar", apontou.

Acamada em casa, a diarista conta que não consegue trabalhar e, consequentemente, garantir a fonte de renda da família. "E ainda estou gastando muito dinheiro com os medicamentos para curar a ferida, que são caros. Só que os dias em que eu não trabalho, não ganho. Está muito complicado", lamentou.

Perigo constante na região

A diarista afirmou ainda que o mesmo cachorro já atacou outros moradores da região. "Uma semana antes de me morder, ele atacou a panturrilha de uma vizinha. Sempre corre atrás de quem usa moto e carro. Já tem fama de violento", afirmou.

Para a irmã de Lucimar, a microempreendedora Digna Hemerly, de 50 anos, que foi quem socorreu a diarista, é preciso que medidas efetivas sejam tomadas para diminuir a ocorrência de ocorrências desse tipo em Guarapari.

Nos últimos meses, pelo menos outros dois casos parecidos aconteceram na cidade: uma adolescente de 16 anos, grávida à época, foi atacada por três animais também no bairro Ipiranga, além de um vendedor de coco que foi mordido por um pitbull no bairro Kubitscheck, ambos em setembro de 2022. 

Vendedor de coco ficou ferido após ser mordido por pitbull
Vendedor de coco ficou ferido após ser mordido por pitbull, também em Guarapari, em setembro de 2022. (Reprodução/redes sociais)

"O que a gente mais quer é tirar aquele cachorro da rua, para não acontecer o mesmo com outras pessoas. É um perigo. E se pega uma criança, inocente, sem gente para socorrer na hora? Alguém precisa fazer algo para evitar esse problema", defendeu Digna.

Procurada, a Prefeitura de Guarapari informou, através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que recebeu a notificação do caso e chegou a ir ao local duas vezes, mas não conseguiu localizar o animal.  

"A equipe continuará indo ao local na tentativa de fazer o recolhimento do cachorro. A equipe solicita que caso a população localize o animal, ligue para o CCZ, através dos números (27) 3262-1456 e 3262-1271", destacou.

O outro lado

Na noite desta quinta-feira (05), o proprietário da oficina mecânica citada pela vítima, que preferiu não se identificar, procurou A Gazeta para afirmar que não é tutor do animal. 

"O cão é da rua. Ele vive na rua junto com outros cachorros. São uns quatro. Explicamos para ela [a vítima do ataque] que até daríamos o socorro, mas que o cachorro não era nosso. Tanto que os moradores, assim como eu, já ligamos para a Zoonoses para saírem daqui. Ele foi embora, mas acabou voltando para cá", informou.

Errata Atualização
5 de janeiro de 2023 às 21:09

O proprietário da oficina mecânica citado pela vítima procurou o jornal A Gazeta para afirmar que não é tutor do animal. Este texto foi atualizado com o posicionamento da parte.

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