Uma diretora, de uma escola municipal de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, foi exonerada do cargo e teve o salário suspenso após um áudio ameaçador a professores vazar em redes sociais. O caso, segundo o município, continua em apurado.
Ela teria sido denunciada por faltar o trabalho e, por conta disso, teria intimidado outras colegas de trabalho na escola. A exoneração foi divulgada nesta segunda-feira (11), no Diário Oficial do município.
Segundo o decreto, ela pediu a própria exoneração do cargo na última sexta-feira (8). Dias antes da decisão, em um áudio, que teria vazado de um grupo de WhatsApp dos profissionais da unidade, a diretora ameaça "pedir a cabeça na bandeja” da pessoa que a acusou na Ouvidoria do município por faltas no trabalho. O arquivo repercutiu nas redes sociais na semana passada.
Em um dos trechos, a então gestora, alega saber qual trabalhador fez a denúncia na Ouvidoria. “Essa pessoa vai pagar caro por isso, se ela não pagar com a justiça de Deus, vai pagar pela justiça do homem. Espero que ela chegue perto de mim e fale. Se não quiser falar, eu vou pedir a cabeça na bandeja”, falou.
As denúncias no canal da ouvidoria seriam sigilosos, mas, no áudio, ainda diz que poderia acessar informações confidenciais e protegidas por lei para descobrir quem seria o delator.
Já em outra parte da gravação, teria justificado as ausências. “É uma vergonha saber que uma funcionária fala mal do gestor, que fala que o gestor não vai trabalhar. Quando eu fiquei três tardes fora da escola, eu estava no hospital”, disse.
Na última quinta-feira (7), antes da exoneração da diretora, a TV Gazeta Sul procurou a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, que respondeu estar apurando os fatos e tomaria as medidas contidas no estatuto do servidor e no código de ética do executivo.
Após a exoneração, publicada nesta segunda-feira, o município encaminhou uma nota confirmando que a servidora foi exonerada do cargo comissionado de gestora da escola. Disse ainda que, como servidora efetiva da prefeitura, está cumprindo período de férias pendente e que os vencimentos foram automaticamente suspensos.
A Prefeitura ainda salientou que o caso está sendo apurado e avaliado pela Secretaria de Educação. Em relação à denúncia anônima na Ouvidoria, a informação relatada no áudio não procede, segundo a nota do município. Disse que os munícipes têm garantido o sigilo sobre todas informações repassadas.
A reportagem de A Gazeta tentou entrar em contato com a diretora, porém, um amigo comunicou que ela está viajando e que não levou o celular, atendido por ele.
Com informações do repórter Thomaz Albano, da TV Gazeta Sul.
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