Os desafios da pandemia impuseram também dificuldades para a manutenção do Convento da Penha. Com a queda drástica de 80% nas doações, os administradores do santuário e os organizadores da Festa da Penha têm divulgado as formas on-line de contribuição para as atividades e os trabalhos. É o modo que encontraram para atravessar este período de crise sanitária, principalmente depois da decisão de suspender a presença dos fiéis nas missas a fim de ajudar a diminuir a onda de contaminações no Estado.
“Das três fontes de recursos, as doações diárias normalmente representavam cerca de 40% das receitas (atualmente feita eletronicamente e antes também depositada nas celebrações). São contribuições de dois em dois reais, de pessoas simples e muito devotas que sempre se fizeram presentes. Com a pandemia e o consequente isolamento, perdemos cerca de 80% das visitações, como deve ser. No entanto, as doações caíram quase que no mesmo volume, mas as demandas por manutenção do santuário não encolheram na mesma proporção”, explica o guardião do Convento, Frei Paulo Roberto Pereira.
As outras duas frentes de socorro à manutenção, complementa ele, são um percentual das vendas da cantina e do bazar e a terceirização da van e nos acordos celebrados com o poder público (o governo do Estado assumiu recentemente o pagamento da energia elétrica relativa à iluminação externa do Convento).
O frade destaca que a direção assumiu o compromisso de não demitir nem reduzir os salários dos seus colaboradores. Dessa maneira, são mantidas, mensalmente, as remunerações de cerca de 30 pessoas, entre seguranças, equipes de limpeza, setor administrativo, chegando a 50 funcionários durante a Festa da Penha.
“Existe uma ideia de que a Festa da Penha gera muitos recursos, mas não é bem assim. Temos um volume muito grande de pessoas que participam, mas as doações não são proporcionais ao número de público. Até pela quantidade de gente e o tempo curto, não conseguimos passar por todas as pessoas. O recurso também é dividido com a Diocese. A Festa da Penha, na verdade, só acontece porque temos voluntários, normalmente cerca de 500 pessoas não remuneradas. Se fôssemos contratar todos os serviços, a festa teria só despesa”, explica.
Pelo segundo ano consecutivo, devido à pandemia, a festa será virtual. O religioso explica que, de certa forma, os custos se reduzem com o novo formato. “O evento on-line, fazemos com o que podemos e com a ajuda de patrocinadores. Temos um recurso e trabalhamos com ele. Claro que se tivéssemos mais caixa, a festa virtual poderia ser ainda mais grandiosa, com muitas inovações tecnológicas e chegando a mais pessoas. Fazemos com o que é possível com alegria. A cobertura da imprensa é graciosa e fundamental de ser destacada, pois não temos caixa para fazer anúncios, então a divulgação da mídia tem grande valor para nós”, diz.
No último dia 18, o Convento da Penha divulgou novas regras sanitárias no sentido de ajudar a conter a onda de contaminação no Estado. A presença dos fiéis nas missas está suspensa. “Estamos trabalhando dentro de nossas possibilidades, mas admitimos que as doações, de quem puder ajudar, são muito bem-vindas”, afirma Frei Paulo
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