Reforço na segurança pública é sempre bem-vindo, ainda mais se essa ajuda extra tiver quatro patas. É o caso da Flor e do Dru, cachorros que vão ajudar no trabalho da Guarda Civil de Vitória. Os dois foram doados pela Polícia Militar do Rio de Janeiro e chegaram ao Espírito Santo na última sexta-feira (30).
Ambos são da raça pastor-belga, filhos de cães farejadores que já atuam junto à corporação fluminense e têm pouco mais de um ano de idade. Dru é um pouquinho mais velho e nasceu no dia 31 de janeiro, enquanto Flor é de 11 de fevereiro. No entanto, apesar de tantas semelhanças, eles não são irmãos.
A chegada da dupla à Capital capixaba é, de certa forma, um marco: a Guarda Civil nunca havia contado com faros tão apurados na equipe. "É uma inovação que estamos trazendo. São cães novos, mas que já foram treinados de forma preliminar", disse Ícaro Ruginski, secretário de Segurança Urbana de Vitória.
Antes de irem para as ruas, porém, o casal canino vai precisar passar por consultas veterinárias para garantir que a saúde está em dia. Além de avaliações e treinamentos complementares, que podem durar de três meses a um ano. Ainda assim, a expectativa é que eles já estejam na ativa até o início de setembro.
"O tempo de treinamento depende do cão. Os testes serão feitos durante 30 dias. Esse também é o período necessário para treinar os futuros condutores, que precisam de um curso específico para isso", explicou o secretário. Como a guarda vai ser avaliada, os nomes dos possíveis "donos" não foram divulgados.
"O que posso afirmar é que são agentes que já têm afinidade com o tema, que se apresentaram voluntariamente. Isso é importante, porque é uma atividade que consome muito tempo da pessoa, porque vai ter que cuidar do animal, fazer o treinamento diário. Exige uma dedicação muito grande", avaliou.
Por enquanto, a Flor e o Dru estão no canil do quartel da Polícia Militar do Espírito Santo, no bairro Maruípe, em Vitória. Daqui a aproximadamente um mês, eles já devem estar em uma estrutura própria do município. "Só faremos alguns ajustes. Então, não sei dizer o valor, mas o custo será baixo", garantiu Ícaro.
Pioneiros na categoria de cães farejadores da Capital, os dois pastores-belgas talvez contem com mais colegas peludos no futuro. "Tão logo eles comecem a ter bons resultados, devemos ampliar. É algo comprovadamente efetivo, tanto na detecção de drogas, quanto de armas, explosivos e localização de pessoas", disse o secretário.
Entretanto, como o projeto ainda é piloto, ele não soube informar qual será o reforço canino esperado para os próximos anos em Vitória. O que se espera é que o Dru e a Flor desempenhem um trabalho importante, após a viagem de carro – cheia de paradas – para sair do Rio de Janeiro e chegar ao Espírito Santo.
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