"A doença está crescendo entre nós." Esta foi uma das primeiras falas do Luiz Carlos Reblin, secretário interino da Saúde do Espírito Santo, na coletiva on-line realizada na tarde desta sexta-feira (13), data na qual a taxa de transmissão do novo coronavírus continua acima de 1 em todo o Estado.
No início deste mês de novembro, o índice já tinha voltado a crescer e indicar o avanço da pandemia em território capixaba panorama que não mudou até agora. Vale lembrar que a taxa de transmissão mede quantas pessoas têm se contaminado, em média, a partir de um indivíduo que já esteja com a Covid-19.
Se mais capixabas têm contraído a doença, consequentemente mais pacientes dão entrada nos leitos de enfermaria e maiores são as chances de aumentar o número de internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Nesta segunda-feira (9), por exemplo, mais de 330 pessoas estavam hospitalizadas em estado grave.
Depois de expressar preocupação, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) anunciou a reabertura de mais 120 vagas para pacientes com Covid-19 na rede hospitalar, sendo metade de enfermaria e metade de UTI. Por enquanto, até esta sexta-feira (13), foram abertas 29 UTIs exclusivas para a pandemia, sendo: 15 em Vila Velha, dez em Aracruz e quatro em Colatina.
Além das vagas de tratamento intensivo, foram reativados 35 leitos de enfermaria em Vila Velha e seis em Colatina. Nesta manhã, a Sesa também anunciou a contratação de mais 177 leitos de enfermagem e 130 de UTI na rede particular, que devem ficar disponíveis ao longo do próximo trimestre, pelo menos.
"Temos a expectativa que essa quantidade traga uma segurança maior para o sistema de saúde, para que possamos continuar atendendo todos os pacientes", comentou Reblin. O custo estimado para essa nova ampliação, feita junto aos hospitais particulares, é de R$ 29 milhões.
Apesar da piora registrada no 30º mapa de risco do Espírito Santo, que teve três cidades em risco moderado, a maioria dos municípios permanece no risco baixo. Parte deles, graças à taxa de ocupação de leitos, que compõe o eixo "vulnerabilidade" da matriz e que leva em conta o potencial de expansão da rede hospitalar do Estado.
Caso esse índice supere os 50%, passaria a figurar no nível de alerta. Por consequência, cidades da Grande Vitória poderiam voltar a ter mais restrições socioeconômicas. Sem levar os potenciais leitos em consideração, a taxa de ocupação das UTIs nesta sexta-feira (13) é de 79,85%.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta