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Domicílio eleitoral será utilizado para identificar morador de Viana

Domicílio eleitoral será utilizado para identificar morador de Viana

Podem participar do projeto de imunização em massa os moradores com domicílio eleitoral em Viana ou aqueles que apresentarem comprovante de residência

Publicado em 5 de junho de 2021 às 12:16

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Termina prazo para pedir a 2ª via do título de eleitor
Título eleitoral será um dos documentos usados para agendar vacina em Viana. (Adriana Toffetti/A7Press/Folhapress)
Autor - Isaac Ribeiro
Isaac Ribeiro
Repórter de Cotidiano / [email protected]

Os voluntários interessados em participar do projeto "Viana Vacinada", que pretende imunizar cerca de 35 mil pessoas - de 18 a 49 anos - contra a Covid-19, em Viana, vão ter de usar as informações do título de eleitor para fazer o agendamento da vacinação.

Isso será necessário porque o critério adotado para o público participar do estudo será o domicílio eleitoral, conforme explicou Jaqueline D'Oliveira Jubini, secretária de Saúde de Viana. O agendamento será feito por meio do link vianavacinada.saude.es.gov.br.

"Todas as pessoas que votam em Viana vão procurar o agendamento e serão direcionadas à seção na qual votam. A vacinação das pessoas residentes que não têm o domicílio eleitoral também será garantida. Vamos explicar, no próximo domingo (6), como vai funcionar. Terão que levar documento com foto e comprovante de residência", informou Jaqueline.

O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, explicou que os locais de votação serão transformados em salas de vacinação. Desse modo, os governos estadual e municipal esperam evitar aglomeração no dia da aplicação das doses.

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Na prática, serão transformadas as seções eleitorais em locais de vacinação. Ao agendar sua vacina, o cidadão já vai poder escolher a sua seção, o seu local onde vota. Isso foi uma inovação do município de Viana na proposta da organização que vai facilitar o dimensionamento para que não tenhamos muitas pessoas num único ponto vacinando

Nésio Fernandes
Secretário de Estado da Saúde
Aspas de citação

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Projeto foi apresentado nesta sexta (4) no Palácio Anchieta, em Vitória. (Helio Filho/Secom)

ENTENDA O PROJETO

Em um projeto pioneiro no Brasil, cerca de 35 mil moradores de Viana, de 18 a 49 anos, poderão ser imunizados contra a Covid-19 no próximo dia 13, um domingo, de 8h às 17h. A vacinação em massa faz parte de um estudo internacional que será desenvolvido.

A iniciativa combina vacinação com meia dose (0,25 ml) da Astrazeneca no público definido, além de acompanhamento da resposta imune e sequenciamento genético do novo coronavírus. A estimativa é redução de 60% da incidência de novos casos ao longo de seis meses, a partir de 28 dias após aplicação da segunda dose. Isso também reduziria número de internações e óbitos pela doença.

A pós-doutora em Reumatologia e coordenadora do projeto científico, Valéria Valim, detalhou que os moradores que ainda não tenham recebido nenhuma dose de vacina para Covid-19 receberão duas doses, com intervalo de 12 semanas entre elas, de metade da dose padrão. A participação no estudo é voluntária e o cidadão vianense que quiser participar deverá assinar um Termo de Consentimento antes de receber a primeira dose da vacina.

O governo do Estado explicou que por se tratar de um trabalho de pesquisa, após a aplicação da segunda dose – 12 semanas depois da primeira dose – será feito um processo de amostragem para a comprovação da imunidade ao vírus. Caso os vacinados não tenham adquirido imunidade, os participantes receberão dose de reforço e ficarão imunizados. 

O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira (4) durante uma coletiva de imprensa realizada no Palácio Anchieta, em Vitória. O governador Renato Casagrande destacou que o trabalho em Viana será uma confirmação dos estudos feitos pela Astrazeneca, que já indicaram que a aplicação da meia dose é capaz de fazer com que o organismo crie anticorpos contra o vírus Sars-CoV-2.

REDUÇÃO DE CASOS

A coordenadora do projeto científico, a pós-doutora em Reumatologia, Valéria Valim, observou que os estudos relacionados à utilização de meia dose da Astrazeneca apontam redução do número de casos confirmados entre os imunizados.

"O que se observou foi uma redução de casos de 90% nos indivíduos que receberam a meia dose, 62% naqueles que receberam dose plena. Quando foi feita a média de todos os indivíduos, foi uma média de 70%. O estudo mostra que a meia dose é capaz de estimular o sistema imunológico e desenvolver anticorpos de proteção. A diferença de resultado pode estar relacionada ao intervalo da dose de reforço", ponderou a reumatologista.

A médica Valéria Valim é a coordenadora do projeto científico. (Helio Filho/Secom)

QUEM NÃO PODERÁ PARTICIPAR 

Aqueles que apresentarem sintomas gripais ou condições especiais, como gravidez, não poderão participar do mutirão. De acordo com a coordenadora do estudo, a pesquisadora Valéria Valim, haverá alguns critérios de exclusão para a participação no projeto. 

As pessoas que estiverem nestas condições poderão se inscrever no projeto, no site da prefeitura, relatando a sua condição. E dependendo da situação, os interessados poderão participar, posteriormente, quando os sintomas cessarem.

“Se houver engajamento dos moradores de Viana, os que estiverem nestas condições e quiserem participar, podem se inscrever, descrever seus sintomas, e haverá uma busca ativa por parte do município”, explicou a pesquisadora Valéria Valim.

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