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Dos 81 pacientes vindos de outros Estados, apenas 4 seguem internados no ES

Dos 81 pacientes vindos de outros Estados, apenas 4 seguem internados no ES

Secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, explicou que pressão sobre a taxa de ocupação de leitos destinados ao tratamento da Covid-19 no Espírito Santo não está relacionada à disponibilização de leitos no passado

Publicado em 19 de março de 2021 às 18:17- Atualizado há 4 anos

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Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, recebe trinta e seis pacientes com Covid-19 vindos de Manaus
Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, recebeu trinta e seis pacientes com Covid-19 vindos de Manaus. (Fernando Madeira)
Errata Atualização
19 de março de 2021 às 20:00

Duas horas após a publicação dessa matéria, o último paciente internado no Espírito Santo com a Covid-19, vindo do Estado do Amazonas, recebeu alta hospitalar. Luiz Gonzaga Trajano deixou o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, depois de 57 dias internado. Com isso o número de pacientes de outros estados atendidos pelos hospitais capixabas caiu de 5 para 4 e a matéria foi atualizada.

Apesar de o governo do Estado ter restringido nova oferta de vagas para pacientes vindos de outros locais em função do aumento de casos e internações em solo capixaba, a pressão sobre a taxa de ocupação de leitos destinados ao tratamento da Covid-19 no Espírito Santo não está relacionada à disponibilização de leitos no passado.

Dos 81 pacientes vindos de outros Estados, apenas 5 seguem internados no ES

Entre pessoas oriundas do AmazonasRondônia e Santa Catarina, o sistema de saúde capixaba recebeu, até o dia 15 de março, 81 pacientes infectados pelo novo coronavírus. Mas, do total, apenas quatro permanecem internados atualmente nas UTIs (unidades de terapia intensiva) do Estado, segundo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.

“Neste momento (manhã de sexta-feira) temos somente cinco pacientes muito graves oriundos de outros estados ainda nas nossas UTIs. Isso representa menos de 1% da ocupação dos leitos de nosso Estado, não impedindo o acesso aos pacientes que são atendidos neste momento”, observou.

Ele explica que os pacientes oriundos de outros Estados que ainda estão em tratamento em território capixaba se encontram em situação muito crítica, mas há expectativa de evolução positiva no quadro de saúde de alguns. “Estamos lutando pela vida deles, nossos irmãos brasileiros, que se encontram em nossos hospitais.”

Em janeiro deste ano, o Estado recebeu 36 pacientes diagnosticados com o novo coronavírus vindos de Manaus, no Amazonas. Diante do colapso do sistema de saúde naquele Estado, pacientes infectados chegaram a morrer por falta de oxigênio.

Em fevereiro,  mais 40 pacientes, vindos de Rondônia, chegaram ao Espírito Santo, também em busca de tratamento que seu Estado de origem já não era capaz de prover, em função do esgotamento de leitos. Já em março, 5 pacientes de Santa Catarina vieram receber atendimento nos hospitais capixabas.

No último dia 11, somente dez dias após a chegada do primeiro paciente catarinense, o secretário afirmou que o Estado estava impossibilitado de receber outros pacientes vindos de fora do território capixaba, diante do aumento da demanda interna pelos leitos.

Em pronunciamento na manhã desta sexta-feira (19), o secretário de Estado da Saúde reforçou que o gesto de solidariedade no atendimento aos pacientes oriundos de outros locais ocorreu em um momento em que a quantidade de leitos disponíveis era maior, e que em nenhum momento isso significou a falta de atendimento aos capixabas.

Entretanto, observou que, assim como o Estado já não é capaz de receber pacientes de fora, outros governos não seriam capazes, no momento, de receber pacientes do Espírito Santo, pois o sistema de saúde no país, de um modo geral, já não suporta o número de pacientes com necessidade de internação.

Na segunda-feira (15), o Espírito Santo ultrapassou a margem de 90% da ocupação de leitos disponíveis para tratamento da doença. Na terça (16), o governador Renato Casagrande decretou uma quarentena de 14 dias, entre os dias 18 e 31 de março, a fim de reduzir a disseminação do vírus e diminuir a pressão sobre o sistema de saúde. Paralelamente, o governo tem ampliado a oferta de leitos, a fim de garantir atendimento a toda a população.

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