Após o Ministério da Saúde ter orientado a redução de cinco para quatro meses do intervalo de aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19, a Secretaria da Saúde (Sesa) do Espírito Santo autorizou, em todo território capixaba, a antecipação da dose de reforço na população de 18 a 59 anos em quatro meses, após completado o esquema primário (com segunda dose ou dose única).
A nova atualização é, segundo o governo federal, embasada em estudos sobre a ampliação da resposta imune com doses adicionais de vacinas contra a Covid-19, considerando também o cenário epidemiológico da pandemia em demais países, com aumento de casos e óbitos relacionados, principalmente, à baixa cobertura vacinal e ao surgimento da variante Ômicron, que já apresenta transmissão comunitária em São Paulo.
No Estado, segundo a Plataforma Vacina e Confia, com a nova atualização, 802.219 capixabas nesta faixa etária já estão aptos à dose de reforço. Ainda de acordo com os dados da plataforma, pouco mais de 160 mil pessoas, entre 18 e 59 anos, já receberam esta dose.
Mesmo com a ampliação no número de capixabas aptos à dose de reforço, a Central Estadual de Rede de Frio ressalta que há doses de vacinas disponíveis tanto nas redes municipais, regionais de saúde e também na estadual. Além disso, há previsão de envio de mais de 300 mil doses da Pfizer ao Espírito Santo ainda esta semana.
Outra atualização feita no esquema vacinal é em relação ao público imunossuprimido, que receberá mais uma dose. Além do esquema primário completo e a dose adicional após 28 dias, os imunossuprimidos deverão receber uma outra dose de reforço após quatro meses de aplicação da dose adicional, se for público de 18 a 59 anos, e de três meses para idosos acima dos 60 anos.
O Espírito Santo também autorizou o uso do esquema homólogo, ou seja, com o mesmo imunizante aplicado na primeira e segunda dose, para a dose de reforço contra a Covid-19.
O documento, publicado na última sexta-feira (17), explica que em caso de recusa dos usuários ao esquema heterólogo à dose de reforço, ou seja, com imunizante diferente do que foi utilizado para complementação do esquema primário, “fica autorizada aplicação do esquema homólogo com todos os imunizantes disponibilizados pelo Plano Nacional de Imunização, com exceção das gestantes e puérperas que deverão receber o reforço somente com a Pfizer”.
A resolução ressalta, entretanto, que o reforço vacinal heterólogo deverá ser adotado como esquema preferencial, como explicou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes. “O reforço vacinal heterólogo apresenta melhor desempenho no estímulo à resposta do sistema imunológico. Nossa posição é de recomendação explícita do esquema heterólogo, mas em último caso, diante da recusa, o paciente poderá optar por se vacinar com a mesma vacina que tomou na D1 e D2”, disse.
* Com informações da Sesa
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