O Espírito Santo vive uma epidemia de dengue. Somente de 1º de janeiro até o início deste mês, a maioria das mortes registradas pela doença neste ano no Brasil, aconteceu no Estado. Por isso, para auxiliar no combate ao Aedes aegypti - mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya -, Vitória passará a contar com o reforço de um drone para sobrevoar áreas onde os agentes de endemia não conseguem ter acesso, como prédios abandonados, casarões antigos e terrenos com entulho ou lixo acumulados.
As imagens aéreas, até então utilizadas em operações de segurança e trânsito na Capital, foram aprovadas para uso na vigilância ambiental em saúde por respaldo no código sanitário municipal.
Em entrevista ao repórter Paulo Ricardo Sobral, da TV Gazeta, André Capezuto, referência em vigilância em saúde de Vitória, disse que a tecnologia é uma importante ferramenta para que se possa ter uma visão prévia de potenciais criadouros do Aedes aegypti.
A partir das imagens obtidas e da localização dos possíveis focos da doença, os agentes de combate serão orientados a irem a campo realizar medidas de prevenção com os moradores contra a proliferação do mosquito transmissor.
Até o momento, três bairros de Vitória já receberam a fiscalização pelo drone. Nesses locais, pelo menos vinte possíveis focos do mosquito Aedes aegypti foram encontrados em um sobrevoo rápido pelo bairro Bento Ferreira - de água acumulada em um terreno antigo a piscina abandonada.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Vitória, cerca de 115 agentes de saúde realizam as vistorias de combate ao mosquito nas residências. No entanto, os números refletem a gravidade da dengue no Estado: 2023 já soma 8.089 casos da doença na Capital, número quase quatro vezes maior em relação ao ano anterior - 2.291 casos. Os óbitos pela doença na cidade nos dois anos, porém, permanecem os mesmos, sendo duas mortes.
Os bairro de maior incidências de casos na Capital, segundo a Secretaria de Saúde, são Ilha do Frade, Horto e Grande Vitória.
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