A pesquisa eleitoral para a reitoria da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) chegou ao fim. A chapa 10, composta pelo professor Eustáquio Vinicius Ribeiro de Castro, do Departamento de Química e vice-diretor do Centro de Ciências Exatas (CCE), como candidato a reitor, e pela professora Sonia Lopes, do Departamento de Teorias do Ensino e Práticas Educacionais, como vice-reitora, venceu a consulta feita para o quadriênio 2024-2028, com 53,9% dos votos válidos.
Eustáquio e Sonia concorriam contra a chapa 20, formada pelas professoras Edinete Maria Rosa, do Departamento de Psicologia Social e Desenvolvimento e diretora do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), e Maria Lúcia Teixeira Garcia, do Departamento de Serviço Social, que obteve 46,1% dos votos válidos.
A votação foi encerrada às 21h desta quarta-feira (8). Professores, técnicos-administrativos, e alunos regularmente matriculados compareceram nos campi de Goiabeiras e Maruípe, em Vitória, além de Alegre, Jerônimo Monteiro e São Mateus.
Para o professor Eustáquio, a sensação é de gratidão por ter sido escolhido pela universidade. “Foi uma votação democrática, com participação de todos os segmentos, com regras. Me sinto agradecido pela confiança depositada em nós”, declara.
Em entrevista à reportagem de A Gazeta, o professor eleito afirmou que a comunidade universitária pode esperar uma gestão moderna, profissional e transparente, preservando a democracia e a autonomia universitária.
A pesquisa contou com a participação de 7.698 votantes, dos 29.554 aptos a votar, ou seja, 26% participaram do processo eleitoral. Na separação por segmento, compareceram às urnas 67,6% dos professores, 66,76% dos técnicos e 19,79% dos estudantes.
A consulta na Ufes é paritária, isto é, os votos dos educadores, dos servidores e dos alunos são ponderados numericamente por coeficientes calculados em função da quantidade de componentes de cada grupo da comunidade universitária. Ou seja, os votos são equivalentes, mas acabam tendo peso diferente em cada categoria, conforme o tamanho de sua representação na universidade.
Os votos dos docentes correspondem a 1/3 do total, da mesma forma que os votos dos técnicos-administrativos em educação e os dos discentes. Isso faz com que haja um equilíbrio entre o peso da participação de cada segmento, pois o quantitativo de membros da comunidade universitária não é igual para cada um deles. Assim, percentual de cada grupo é somado e dividido por três (professores, alunos e servidores). Por fim, o melhor desempenho dos candidatos não é resultado da soma dos votos em números absolutos, mas pela paridade.
A chapa 10 obteve 698 votos dos professores, 759 dos servidores técnico-administrativos e 1.933 dos estudantes. Já a chapa 20 obteve 487 votos dos professores, 448 dos técnicos e 3.201 votos dos estudantes. Na pesquisa, ainda foram registrados 15 votos brancos e nulos entre os docentes, 29 entre os técnico-administrativos e 36 entre os estudantes.
Seguindo o cronograma, o prazo para impugnação do resultado vai até a próxima segunda-feira (13). Depois, o resultado será enviado para a Comissão Coordenadora da Pesquisa Eleitoral (CCPE), que fará a prestação de contas final.
A próxima etapa é a definição da lista tríplice, na reunião que acontece no dia 11 de dezembro dos três conselhos superiores da universidade: Universitário; de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e de Curadores.
No sistema atual, o presidente da República escolhe o reitor ou reitora da instituição entre os nomes indicados na lista tríplice, sem a obrigação de referendar o candidato mais bem votado pelas comunidades universitárias nas consultas internas. Tradicionalmente, a chapa que recebeu mais votos na pesquisa eleitoral será escolhida pelo presidente Lula para ocupar a reitoria entre 2024 e 2028.
*Breno Alexandre é aluno do 26º Curso de Residência em Jornalismo. Este conteúdo teve supervisão e orientação de Weber Caldas.
A matéria sobre a pesquisa eleitoral na Ufes foi atualizada para acrescentar detalhes sobre a votação paritária adotada pela universidade, o que explica o fato de os vencedores da consulta terem recebido menos votos em números absolutos.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta