> >
Em 50 dias, ES tem mais de 1.500 casos de zika, chikungunya e dengue

Em 50 dias, ES tem mais de 1.500 casos de zika, chikungunya e dengue

Apesar do número assustar, os primeiros dias do ano registram uma queda significativa dessas doenças comparando com o mesmo período do ano passado

Publicado em 23 de fevereiro de 2021 às 11:18- Atualizado há 4 anos

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, vírus zika e chikungunya
Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue,  zika e da chikungunya. (Divulgação)

Em 50 dias, o Espírito Santo já contabiliza mais de 1.500 casos das três doenças causadas pelo mosquito aedes aegypti: dengue, zika vírus e  chikungunya. Em média, são 30 diagnósticos confirmados por dia. 

Mas apesar do número assustar, os 50 primeiros dias do ano registram uma queda significativa dessas doenças comparando com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Secretaria de Saúde (Sesa).

O número de pessoas infectadas pela dengue, por exemplo, caiu cerca de 90%: foram 1.011 casos até o dia 19 de fevereiro desde ano contra 9.717 no mesmo período em 2020. 

Ainda segundo a Sesa,  392 casos de chikungunya e 132 de zika vírus foram registrados até o dia 19 deste ano, quando encerrou a sexta semana  epidemiológica no Estado. Já em 2020, foram 3.313 infectados pela chikungunya e 197 pela zika. Uma redução de 88% e 33%, respectivamente. 

De acordo com o chefe de segurança do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental, Roberto Laparriere, a queda dos números de infectados pelas doenças transmitidas pelo  aedes aegypti pode ser explicada pela questão climática.

"O mosquito precisa de dois fatores para se reproduzir: temperatura e água. Podemos notar que em janeiro deste ano teve uma estiagem forte e não houve tanta concentração de água. Esses podem ser os fatores para que os números não aumentassem", pontuou.

Laparriere destacou também que o alargamento da curva epidêmica está previsto para março e abril. "O maior pico da curva pode ocorrer em maio, levando em consideração o calor  e a temperatura ideal para o aumento de proliferação das larvas", informou.

SEM MORTES

Ainda segundo o chefe de segurança, este ano não houve registro de mortes causadas pelas doenças no Estado. "Ano passado foram 11 mortes por dengue, três por chikungunya e nenhuma por zika vírus. Ainda assim, os cuidados precisam continuar".

Laparriere destacou  para os riscos com o período de chuvas, pois é quando os locais para a proliferação de focos do mosquito podem aumentar. "A população deve aproveitar este período de pandemia, que está ficando mais em casa, para eliminar qualquer criadouro que possa existir na residência", destacou.

O chefe de segurança ressaltou ainda que os sintomas das doenças podem ser confundidos com a Covid-19 e que a pessoa deve procurar um serviço de saúde mais próximo. "Os sintomas são muito parecidos: dor no corpo, febre, dores de cabeça... Então qualquer sinal de agravamento,  como náusea ou dor abdominal, o indicado é que busque imediatamente ajuda médica".

NÚMERO DE INFECTADOS ATÉ O DIA 19 DE FEVEREIRO DE 2021

MESMO PERÍODO DE INFECTADOS EM 2020

NÚMERO TOTAL DE INFECTATOS E MORTES EM 2020

CUIDADOS PARA EVITAR DOENÇAS:

Este vídeo pode te interessar

  • 01

    Limpeza

    Manter os quintais bem limpos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas,  e também fazer descarte do que não é utilizado. 

  • 02

    Plantas

    Retirar água dos pratos de plantas.

  • 03

    Cuidados com garrafas

    Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo

  • 04

    Cobertura

    Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer recipiente que possa reservar água

  • 05

    Higiene

    Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas d’água) e mantê-los sempre limpos

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais