O número de casos da dengue no Espírito Santo cresceu de forma exponencial nos primeiros meses de 2023 e já superou a marca de diagnósticos do ano passado. Até o momento, foram 24.026 casos confirmados da doença, enquanto este índice foi de 20.929 em 2022. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Entre as semanas epidemiológicas (SE) 1 e 7, que compreendem dos dias 1 de janeiro a 18 de fevereiro, houve uma incidência de 597,86 casos por 100 mil habitantes. Além disso, foram confirmados três óbitos em 2023. Durante todo o ano passado, ocorreram seis mortes devido à enfermidade.
O Ministério da Saúde considera três níveis de incidência acumulada das quatro últimas semanas dos casos de dengue: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil habitantes) e alta (mais de 300 casos/100 mil habitantes).
SE* 1 (entre os dias 1 e 07 de janeiro de 2023): 1582 casos
SE* 2 (entre os dias 08 e 14 de janeiro de 2023): 2095 casos
SE* 3 (entre os dias 15 e 21 de janeiro de 2023): 2497 casos
SE* 4 (entre os dias 22 e 28 de janeiro de 2023): 3190 casos
SE* 5 (entre os dias 29 de janeiro e 4 de fevereiro de 2023): 3567 casos
SE* 6 (entre os dias 5 e 11 de fevereiro de 2023): 5083 casos
SE* 7 (entre os dias 12 e 18 de fevereiro de 2023): 6012 casos
*Semana Epidemiológica (SE): Representa um consenso internacional sobre um período de tempo padrão para agrupar mortes e outros eventos epidemiológicos.
Atualmente, os municípios com a maior incidência acumulada da doença nas últimas quatro semanas são: Castelo, Jerônimo Monteiro, Iconha e Atílio Vivácqua, na região Sul do Estado; além de São Roque do Canaã e Vila Valério, no Noroeste.
Município com incidência alta nas últimas quatro semanas:
O subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Luiz Carlos Reblin, explicou que esse "boom" de casos ocorreu devido à maior circulação de pessoas com o afrouxamento da pandemia da Covid-19. Além disso, é um período em que normalmente já existe um aumento da incidência, por conta das chuvas de verão.
Ele afirmou ainda que, até o momento, a doença não parece seguir a tendência de um recorde de casos – se comparado com outros anos.
"Nesse período da pandemia, nós fizemos uma restrição da circulação das pessoas. Todo mudo se expôs menos. Agora, há muitas pessoas circulando. Isso faz com que elas entrem em contato com a doença e haja um aumento das notificações. A dengue sempre teve esse história. Três, quatro anos de redução, e um de aumento. Isso é normal", explicou.
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