Em menos de uma semana, seis médicos que haviam sido contaminados pelo novo coronavírus perderam a vida para a doença no Espírito Santo. As mortes foram registradas desde o último domingo (06) até a madrugada desta sexta-feira (11).
Segundo levantamento realizado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-ES), desde o início da pandemia, em 11 de março, a Covid-19 já matou 19 profissionais médicos.
A mais recente vítima foi Sebastião Marcos Pimentel, que morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 68 anos. O médico, que atuava em medicina do trabalho, ortopedia, traumatologia e acupuntura, estava internado no Hospital da Unimed desde o dia 23 de novembro. Na madrugada desta sexta-feira (11), ele não resistiu.
Na quinta-feira (10), a doença vitimou o cardiologista Carlos Roberto Koehler, de 58 anos. Ele morreu após ficar internado por quase um mês em um hospital particular de Vila Velha.
Carlos atuava na Policlínica de Marechal Floriano desde o ano de 2007 e ainda no município de Viana.
Um dia antes, na quarta-feira (9), outros dois profissionais perderam a vida no Estado: o ginecologista aposentado e professor universitário Horácio Lacerda e o endoscopista e socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Marcos Mantelmacher.
Além de ser plantonista no Samu, Marcos atendia em uma clínica própria especializada em endoscopia e do trato gastrointestinal em Campo Grande, em Cariacica, e também atuava no Hospital Vila Velha, cidade onde residia. Aos 46 anos, ele deixa a esposa, a enfermeira Giovana Borin, e dois filhos.
O presidente da Associação Médica do Espírito Santo (Ames), o cirurgião geral e vascular Leonardo Lessa Arantes, lamentou a perda do amigo, como definiu Marcos Mantelmacher, e também do ginecologista Horácio Lacerda. "São mais duas perdas irreparáveis não apenas para a Medicina, mas para todos. Sempre que perdemos um médico, a sociedade também perde".
Já no último domingo (6), a doença levou Iran Guimarães de Azevedo, 72 anos, que trabalhava como clínico geral, ginecologista e obstetra em Domingos Martins, além de Reinaldo Barbosa Caixeta, 63 anos, que era ginecologista e obstetra em Nova Venécia e Jaguaré. Ambos dedicaram décadas a medicina e ajudaram dezenas de mulheres a darem à luz.
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