Nos primeiros nove dias de junho, o Espírito Santo já registrou mais casos Covid-19 do que o mês anterior inteiro. De quarta-feira passada até esta quinta (9), foram confirmadas 8.419 novas infecções em território capixaba — 1.270 a mais que o contabilizado ao longo de todo o mês de maio.
Outra comparação que ajuda a entender esta fase de maior transmissão é da média diária de contaminações divulgadas: passou de 230 em maio para 935 em junho. Considerando os intervalos de novos casos divulgados em 24 horas no Painel Covid-19, do Governo do Estado, junho já registrou por três dias seguidos mais de mil novos casos, patamares que não eram observados desde fevereiro.
Na segunda-feira (6), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) alertou que o Estado vive a quinta onda da pandemia há aproximadamente seis semanas. A expectativa é que os casos sigam aumentando até o final deste mês, com provável elevação também de internações e mortes. A tendência de queda é aguardada para julho.
"Até a quinta semana desta fase, os casos dobravam a cada 14 dias, mas já passaram a dobrar em sete. Tivemos também uma positividade que saiu de menos de 10% para 19%, em apenas uma semana, mas ainda sem impacto significativo na procura por leitos", detalhou o secretário Nésio Fernandes.
Os dados de maio se encaixam neste cenário: depois de três meses com quedas de casos, as infecções voltaram a crescer, chegando a mais de 7 mil — um aumento de quase 25% em relação a abril. Já as mortes continuaram em queda. Foram 18 vidas perdidas em maio, uma redução de 67% em relação a abril.
Apesar de o uso de máscara não ser mais obrigatório em território capixaba, o secretário da Saúde, Nésio Fernandes, ressalta que o equipamento segue recomendado — principalmente em lugares fechados e no transporte público — para tentar impedir um maior agravamento da pandemia.
Outro pedido da Secretaria de Estado da Saúde é que ninguém subestime sintomas respiratórios leves e deixe de fazer o teste.
Nésio reforça a importância da vacinação e que quase 1,5 milhão de capixabas estão com alguma dose em atraso. "Poderíamos ter um comportamento muito mais satisfatório em relação às mortes se tivéssemos uma cobertura de 90% na população em geral", finalizou.
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