Em um plano de biossegurança desenvolvido por vários especialistas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), representantes da instituição preveem que o retorno das atividades hoje suspensas, como aulas, deverá ser escalonado, ou seja, de forma gradual, partindo de 40% até, no máximo, 80% de sua capacidade. O texto diz, porém, que ainda não é possível definir uma data para que isso comece a acontecer na Ufes.
O retorno total das atividades não é indicado pelo grupo, que cita a possibilidade de novas ondas da Covid-19 e diz que autoridades sanitárias recomendam que seja estruturado um novo modo de organização das atividades sociais e de trabalho até que uma vacina seja produzida.
O plano ainda diz que deverá ser obrigatório o uso de máscaras entre estudantes e servidores da universidade e que será necessário manter uma distância de, no mínimo, 1,5 metro entre as pessoas nos ambientes administrativos e acadêmicos, inclusive em salas de aulas, bibliotecas, restaurantes universitários e laboratórios.
O texto foi elaborado pelo Comitê Operativo de Emergência da Ufes (COE-Ufes), criado pela reitoria em março para acompanhar a evolução epidemiológica do coronavírus, discutir propostas para atenuar a sua propagação e colaborar com os órgãos oficiais de saúde.
O comitê é formado por especialistas da Saúde, como a doutora em Epidemiologia, Ethel Maciel, que também foi vice-reitora da Ufes, médicos e enfermeiros ligados à universidade. Também compõem o grupo pesquisadores das áreas de matemática, bioestatística e assistência social e represententantes dos alunos da Ufes.
A Administração Central da Ufes encaminhou o plano para os centros de ensino da universidade, que terão um prazo de 15 dias para, junto aos departamentos e demais setores, analisar os planos e apresentar sugestões. As aulas na Ufes estão suspensas desde a segunda quinzena de março. Uma corrente dentro da universidade é contrária a implantação de um ensino a distância obrigatório, alegando que parte dos alunos tem dificuldade de acesso à internet.
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