Por 61 dias, Olímpio quase parou. O rim ameaçou parar, o coração também. Mas o senhor de 60 anos, que há um ano e cinco meses luta contra um câncer, foi mais forte. Diagnosticado com o novo coronavírus, ele foi intubado, passou 28 dias no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), em Vitória, e outros muitos dias até conseguir voltar a respirar sozinho.
No sábado (27), Olímpio Rodrigues da Silva teve alta: motivo de muita comemoração para a família, que vive em Ibatiba, no Sul do Espírito Santo.
"Ele faz tratamento de leucemia, internou no dia 26 de abril para fazer quimioterapia e pegou Covid no hospital. Ficou 28 dias no CTI, intubado, dois meses e um dia internado, e recebeu alta ontem (27). Ele perdeu todos os movimentos, mas já consegue mexer os braços. Só que ainda precisa de ajuda com as pernas, para andar. Tivemos muito medo de perdê-lo", conta a filha, Viviane Carvalho da Silva, de 26 anos.
Durante os dois meses em que Olímpio esteve internado, a família acompanhava tudo de longe. Viviane e a irmã, Rosane, que acompanhavam o pai no hospital quando ele recebeu o diagnóstico de Covid-19, ficaram 14 dias isoladas e não apresentaram sintomas da doença. Diariamente, um telefonema médico informava à família sobre o estado de saúde do pai.
"O médico ligava todo dia para dar informação. Todos nós tivemos muito medo. Foi muito difícil, cada dia os médicos ligavam dizendo que um órgão dele estava parando. O coração dele estava quase parado, o rim começou a parar. Mas graças à Deus voltou tudo a funcionar rapidinho. A gente só tem a agradecer aos enfermeiros e médicos. Ajudaram a gente demais, foram muito atenciosos", afirma Viviane.
A partir de agora, a ideia é que Olímpio não precise voltar ao hospital para fazer sessões de quimioterapia. O tratamento contra a leucemia vai continuar, mas apenas com remédios.
"Os médicos não pretendem interná-lo mais. Ele vai fazer a quimioterapia por comprimido, e vamos observar. Se até setembro ele estiver bem, vai fazer o transplante de medula em São Paulo. Só podemos agradecer", finalizou a filha.
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