Nos últimos três dias, o Espírito Santo registrou mais curados do coronavírus do que novos infectados. De acordo com dados do Painel Covid-19, ferramenta da Secretaria do Estado de Saúde (Sesa), desde o dia 20 deste mês, 5.810 pacientes foram considerados livres da doença, enquanto o número de novos casos é de 3.956.
No último dia 20, o Estado possuía 71.703 casos confirmados de coronavírus e 50.106 pacientes curados. Nesta quinta-feira (23), porém, os números passaram para 74.610 infectados pela doença e 54.846 curados.
Isso significa que, no dia 20, quando o Espírito Santo acabara de ultrapassar a marca de 50 mil curados, o percentual de pessoas livres da Covid-19 era de 69,87%. Nos últimos dias, com o aumento do número de pacientes curados, o percentual saltou para 73,51%.
A pesquisadora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e epidemologista Ethel Maciel disse que a diminuição da taxa de reprodução do vírus pode indicar os motivos pelos quais o número de curados aumentou e o de novos infectados caiu. Isso, porém, será garantido apenas após a próxima etapa do Inquérito Sorológico no Estado.
"Com exceção daqueles que receberam alta hospitalar, consideramos curados aqueles que ficaram em isolamento por 14 dias depois dos primeiros sintomas. Como a curva de infectados está em desaceleração, temos observado uma diminuição de contaminação, ou da taxa de reprodução (Rt), isso pode se relacionar com esse efeito na curva onde temos mais curados que novos infectados."
Ethel Maciel ainda afirmou que, apesar da diminuição desse número de infectados por dia, ainda deve-se manter todas as medidas de prevenção e citou um artigo da Universidade de Oxford que indica que o distanciamento social é eficaz também para evitar um contágio maior da doença no organismo.
"Tem um estudo relativamente recente que diz que o distanciamento social é importante não só para prevenção da infecção, mas uma vez que você é infectado, o distanciamento pode permitir uma quantidade menor do vírus no organismo e isso inclusive tem impacto na gravidade da doença", completou.
A Secretaria do Estado de Saúde (Sesa) alegou que é perceptível uma tendência de estabilização e início de queda do comportamento da curva de casos novos. Porém, a pasta reiterou que é necessário aguardar a queda sustentada de três semanas para que haja uma avaliação melhos dos dados.
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