A sexta-feira (09) começou complicada para quem precisa de atendimento médico na Unidade Básica de Saúde de Dom João Batista, em Vila Velha. A reportagem da TV Gazeta registrou uma fila imensa no posto de saúde. Pouco antes das 7 horas, mais de 100 pessoas já estavam esperando a unidade abrir as portas. E tudo isso em vão: os pacientes, depois de ficarem horas na espera, foram orientados a voltar para casa porque o sistema para marcação de consulta estava fora do ar.
Muitos moradores, incluindo idosos, passaram a madrugada toda em frente à unidade e levaram até banquinhos para aguentar essa espera. Os primeiros da fila chegaram às 23 horas de quinta-feira (8). Depois das 7h30, uma funcionária do posto avisou que o sistema estava fora do ar, o que provocou revolta entre os pacientes.
Foi o que aconteceu com o entregador Deivisson da Silva, que disse ter dormido na fila para trocar uma receita médica da esposa. "É uma falta de consideração chegar aqui e (o sistema) estar fora do ar. Por que não falou isso antes? Eu dormi na fila e não vou conseguir", contou, revoltado.
Segundo moradores, o problema é recorrente e, mesmo ficando esse tempo todo na fila, nem sempre todo mundo consegue de fato se consultar com o profissional de saúde.
"Para mim é humilhante porque eu paguei INSS toda a minha vida até eu me aposentar. É a quinta vez que venho e não consigo", conta a idosa Norma Oliveira.
Por nota, a Secretaria de Saúde de Vila Velha informou que a ocorrência de fila na unidade de saúde de Dom João Batista teve como causa "a queda repentina na transmissão de internet que afetou todo o sistema da Prefeitura de Vila Velha, situação logo após restabelecida".
A nota diz ainda que a "agenda da referida unidade é semanal. Nesta sexta-feira (9) foram entregues 84 senhas e todos os usuários que a receberam tiveram suas consultas asseguradas. Por volta de 9 horas, todas as vagas de agendamento haviam sido preenchidas e o atendimento normalizado na unidade".
Por fim, a "Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha pede desculpas à população pelo transtorno transitório e involuntário e reitera seu compromisso de garantir a assistência médico-ambulatorial aos munícipes", finaliza a secretaria, em nota.
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