O empresário Oto Carneiro Silvestre, de 49 anos, proprietário da empresa de pedras MaqStone, na região Sul do Espírito Santo — que morreu após a queda de um helicóptero no fim da tarde de quinta-feira (9) — já chegava perto de casa quando o acidente ocorreu. Ele voltava de uma feira do ramo de rochas ornamentais, na Grande Vitória, quando a aeronave caiu em uma propriedade vizinha a que morava, em Vargem Alta. Oto e o piloto do helicóptero — que ainda não teve a identidade divulgada — morreram no local.
A região em que a aeronave caiu é de difícil acesso. Uma equipe dos Bombeiros esteve na propriedade e retirou os corpos das vítimas dos destroços com a ajuda de equipamentos como motosserras. A Polícia Civil foi acionada e chegou cerca de três horas depois do acidente. O local continua interditado durante a manhã desta sexta-feira (10) para a perícia da aeronave.
O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais (Sindirochas), Celmo de Freitas, afirmou que o empresário esteve durante a quinta-feira (9) na Vitória Stone Fair, que acontece no Pavilhão de Carapina, na Serra, até esta sexta-feira.
Segundo a apuração da repórter Bruna Hemerly, da TV Gazeta Sul, as vítimas foram levadas para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim. Na manhã desta sexta, as famílias ainda esperavam a abertura do local para a fazerem a liberação dos corpos.
O helicóptero cair em um sítio na zona rural da localidade Vargem Grande, em Vargem Alta, Região Serrana do Espírito Santo, na noite desta quinta-feira (9).
De acordo com as informações iniciais do atendimento do Corpo de Bombeiros, a aeronave teria colidido com fios de alta tensão e caído na propriedade. As causas, no entanto, ainda serão investigadas. Apenas o piloto e o empresário estavam no veículo.
O helicóptero é um Robinson Helicopter, modelo R44 II, fabricado em 2011. O número máximo permitido de passageiros, segundo o site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é de três pessoas.
A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação, concomitante aos trabalhos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Acionado pela reportagem, o Cenipa confirmou o acionamento e explicou que o objetivo das investigações do órgão são voltados para evitar novos acidente com características semelhantes. Veja na íntegra:
Investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III), localizado no Rio de Janeiro(RJ), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), foram acionados para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PR-PLF, na quinta-feira (09/02), em Vargem Alta (ES).
Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realizam a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação.
O objetivo das investigações realizadas pelo CENIPA é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.
A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.
Acesse os links abaixo para saber mais sobre os trabalhos do CENIPA nas investigações e prevenções de acidentes aeronáuticos
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta