Médicos e profissionais da área da Saúde avisam há bastante tempo que o estilo de vida dos anos contemporâneos tende a causar danos ao organismo humano. A combinação da vida corrida, sedentarismo, atividades acumuladas e ingestão de comidas processadas podem levar ao desenvolvimento de graves doenças, ocasionando até mesmo a morte. Diante da grande variedade de alimentos processados, cada vez mais é estudada a relação entre o impacto da alimentação e a saúde mental dos indivíduos.
A nutricionista Roberta Larica, comentarista do programa "Boa Mesa CBN", explica que o consumo de medicações controladas na pandemia da Covid-19, como ansiolíticos e antidepressivos, teve um grande aumento. Entretanto, a especialista explica que os neurotransmissores que nos dão motivação, combatem a depressão são produzidos a partir de nutrientes obtidos a partir da alimentação.
“Não podemos tentar tratar problemas como a ansiedade e a depressão sem tratar anteriormente a alimentação do paciente. Alguns alimentos têm nutrientes capazes de aumentar a produção de neurotransmissores, responsáveis pela comunicação das células no sistema nervoso e pelas nossas capacidades sensoriais, de motricidade e perceptíveis", destaca.
Segundo a especialista, a deficiência de algumas substâncias obtidas a partir da alimentação, como, por exemplo, as vitaminas, pode ser bastante nociva para o bem-estar e a saúde mental dos indivíduos.
"A falta da vitamina B12, presente em alimentos como leite e cereais, no organismo pode ser manifestada com sinais, como depressão, falta de memória e alterações comportamentais; já a deficiência de vitamina D, existente na gema de ovo, sardinha e bife de fígado eleva as chances de um adulto, especialmente idosos, desenvolver depressão", exemplifica.
Além disso, Roberta Larica também explica que doenças do intestino, um dos segmentos do canal alimentar, estão diretamente ligadas aos sintomas da ansiedade.
"Algumas pessoas percebem interferências no humor e sentimentos nos momentos em que a flora intestinal está boa. O nosso intestino — que também é chamado de segundo cérebro — possuem uma grande produção de serotonina, molécula que nos leva ao estado de bem-estar, por isso, o seu bom funcionamento com a alimentação saudável é importante para uma mente saudável", destaca.
A nutricionista finaliza ressaltando que, alimentação e saúde mental andam lado a lado, entretanto, uma coisa não exclui a outra, ainda sendo de extrema importância o acompanhamento médico com psicólogos, psiquiatras, além, se necessário, o uso de remédios como antidepressivos e ansiolíticos. "Uma melhor qualidade nos alimentos que levamos à boca é indispensável, mas isso não significa que elas substituam tratamentos acompanhados de remédios, não devemos tira-los o mérito e necessidade em momento algum".
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