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Entenda como será a ampliação de leitos para pacientes com Covid-19 no ES

Entenda como será a ampliação de leitos para pacientes com Covid-19 no ES

A chegada de novos respiradores  vai permitir ao Estado ampliar o número de leitos para o tratamento de pacientes contaminados pelo novo coronavírus. A expectativa é de se chegar a 700 até junho

Publicado em 25 de maio de 2020 às 18:59

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Segunda remessa de respiradores chegou ao Estado neste fim de semana
Segunda remessa de respiradores chegou ao Estado neste fim de semana. (Reprodução Twitter Renato Casagrande)

O Espírito Santo deve alcançar, em junho, a marca de 700 leitos de UTI destinados a pacientes contaminados pelo novo coronavírus, segundo a Secretária Estadual de Saúde (Sesa). No mesmo período, a expansão deve contemplar os leitos de enfermaria, com um total de 600 exclusivos para o tratamento da doença.

Atualmente, o Estado tem 490 leitos de UTI, com taxa de 77,55% de ocupação,  e 575 de enfermaria, sendo 52,35% deles ocupados. 

De acordo com o secretário Nésio Fernandes, em coletiva concedida na tarde desta segunda-feira (25), a ampliação será “maior que o conjunto de sete ou oito hospitais de campanha".

"Nós queremos afirmar que a nossa estratégia, até o presente momento, conseguiu garantir a expansão de leitos de UTI e enfermaria em estruturas próprias, com alta capacidade assistencial”.

A rede privada, segundo o secretário, conta hoje com 741 leitos monitorados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que apresenta 63% de ocupação das UTIs adultas, sendo 12% com pacientes da Covid-19, 10% de casos suspeitos, e 20% com síndromes respiratórias. 

EXPANSÃO DOS LEITOS

A ampliação do número de leitos vai acompanhar a chegada dos respiradores adquiridos pelo Estado. No último final de semana, por exemplo, chegaram 60 respiradores comprados da Itália.  Na próxima semana está prevista a chegada de outros 100 respiradores italianos.

“Com eles, iremos abrir de 110 a 120 novos leitos. Com esta programação vamos conseguir atender a grande demanda de pacientes. Comparando com outros estados brasileiros, conseguimos preparar uma rede assistencial robusta, equilibrando a demanda do SUS e a dos planos privados de saúde”, explicou o secretário.

Ao todo, até julho, o Estado já terá  um total de 734 equipamentos, entre respiradores e ventiladores. Os últimos são equipamentos mais simples, destinados ao tratamento de pacientes com outras doenças ou ainda utilizados na remoção de pacientes em estado mais grave. 

*Anteriormente havia a informação de que o Estado teria um total de 1.204 equipamentos (respiradores e ventiladores), mas os números foram atualizados pela Sesa para 734. (Atualização feita em 05.06.2020)

CONFIRA A QUANTIDADE DE APARELHOS JÁ ADQUIRIDOS

  • Italianos - são 350 respiradores. Deste, 60 foram entregues em 17 de maio; 100 chegaram em 3 de junho; outros 90 serão entregues em junho; e 100 chegam em julho
  • Indústria nacional - o governo estadual comprou 110 respiradores: 50 já foram entregues; 6 chegam em 29 de maio; 34 na segunda quinzena de junho; e 20 serão entregues em julho
  • Equipamentos simples - 135 ventiladores para serem utilizados em serviços simples, nos cuidados avançados de pacientes com outras doenças e na remoção de pacientes graves
  • Ministério da Saúde - Já enviou  10 respiradores
  • Doação - Segundo a Sesa, 30 equipamentos vieram de doação
  • Hospital Jayme Santos Neves - comprou 99 respiradores, já implantados

AMPLIAÇÃO NOS HOSPITAIS

Na Grande Vitória, segundo Nésio,  haverá ainda expansão de leitos nos hospitais Dório Silva, no Hospital Estadual de Vila Velha (antigo Hospital dos Ferroviários) e também no interior. “Com entidades filantrópicas, vamos fazer a ampliação na Região Sul, com espaços modulares no Hospital de São José dos Calçados, onde melhoramos o perfil assistencial para dar suporte aos hospitais de Cachoeiro de Itapemirim”, disse.   

Forças de segurança do ES fazem escolta de caminhão com carregamento de respiradores
Forças de segurança do ES fazem escolta de caminhão com carregamento de respiradores. (Divulgação / Sesp)

O desafio, segundo Nésio, é que a expansão depende não só dos respiradores, mas ainda de recursos humanos, de insumos, de medicamentos materiais médicos. “É uma expansão que tem considerado a qualidade assistencial e resolutividade, uma atenção à saúde de qualidade”, destacou.

A expansão dos leitos, segundo Nésio, terá um teto, um limite. Em função disto, destaca, é necessário manter as medidas de isolamento social. “Precisamos defender e praticar, de forma radical, o distanciamento social neste dias. Precisamos reduzir o contato, romper a cadeia de transmissão da doença que não ainda tem vacina e tratamento específico”, destacou.

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