As chuvas que atingiram o Espírito Santo na última semana ainda causam problemas para os moradores da Grande Vitória. A Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento (Sedurb) informou que o volume das precipitações registradas no Estado fez com que a rua cedesse no bairro Cobilândia, em Vila Velha, causando o rompimento da adutora da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan). Por causa do problema, o abastecimento de água foi paralisado em toda a cidade.
A previsão da Cesan é de que o reparo da adutora seja feito até a meia noite desta terça (26), com um prazo de 24 horas para o restabelecimento do fornecimento de água em toda a cidade.
Conforme a Sedurb, o escoramento da escavação da Estação de Bombeamento Cobilândia cedeu e, com isso, uma parte da rua também foi junto. Isso atingiu a adutora da Cesan, que acabou rompendo. A secretaria explicou que a companhia foi acionada imediatamente e uma equipe foi até o local.
A Sedurb afirmou que uma casa da rua foi evacuada por precaução, já que fica a poucos metros de onde parte da rua cedeu. A secretaria explicou que, como o reparo da rede de água aconteceu durante a noite desta segunda (25) para esta terça (26) e será feita muito próximo dessa casa, a família foi alojada em um hotel. A obra de recuperação da rua será iniciada assim que a Cesan finalizar o reparo na adutora.
"Após os reparos, que serão executados em torno de 2 a 3 dias, a obra da Ebap Cobilandia será retomada. As obras da EBAP Marilândia e da Galeria Marilândia, que fazem parte do mesmo contrato continuam com sua execução normal. A Sedurb e a Cesan estão atuando em conjunto nas medidas corretivas do incidente", diz a nota da Sedurb.
O diretor operacional da Cesan, Rodolpho Có, esteve no local da obra na manhã desta terça-feira (26) e, em entrevista à TV Gazeta, reiterou que o grande volume de chuvas da última semana ocasionaram o rompimento da adutora. De acordo com Có, o solo ficou instável com as precipitações.
"A adutora estava escorada para a execução da obra, porém, com as chuvas dos últimos dias, o solo ficou instável. Isso fez com que o escoramento cedesse e a adutora, no caso, a tubulação, se desprendeu", explicou.
Rodolpho Có ainda explicou que a adutora de Cobilândia se trata de uma das principais adutoras de Vila Velha e, por isso, o abastecimento de água de toda a cidade foi afetado. Ele ressaltou que o fornecimento teve que ser interrompido para que a manutenção seja concluída, o que deve ser feito até a meia-noite desta terça-feira. Após isso, segundo Có, há um prazo de 24 horas para o restabelecimento do fornecimento de água.
"Essa é uma adutora principal da cidade. Toda a água de Vila Velha praticamente passa por essa adutora. Então, para executar o conserto dela, tem que fechar toda a água de Vila Velha, para que a água não volte e não atrapalhe o serviço de manutenção", completou.
Uma cratera se abriu na Avenida Rio Marinho, no bairro Cobilândia, em Vila Velha, no início da noite desta segunda-feira (25), após o rompimento de adutora da Cesan onde é realizada uma obra no canal do Rio Marinho. Imagens mostram uma forte vazão de água, que tomou a via e fez com que várias pessoas deixassem suas casas.
Uma das pessoas que precisou sair de casa foi Pambria Florindo, que mora no local há seis meses. "Começaram essa obra no canal do Rio Marinho, fizeram esse buraco enorme e, hoje cedo, começou a ceder. Mas foi de uma vez só. Cedeu parte da rua e começou a vazar muita água, aí pediram que todo mundo saísse de casa. Não deu nem tempo de pegar os documentos", afirmou.
Pambria, o esposo e o filho de seis anos tiveram que deixar a residência às pressas. Segundo ela, uma pequena rachadura começou a aparecer por volta das 12h. "Aí agora foi de uma vez. Estavam com medo de um poste ser carregado e sair arrastando todos os outros", detalhou.
A Defesa Civil foi ao local e informou que duas famílias foram retiradas de suas casas, por ficarem próximas ao local onde o buraco se abriu. Ainda de acordo com a Defesa Civil, trata-se de uma medida de segurança, mas que não há grande risco de desabamento dos imóveis.
Uma avaliação completa das condições das residências só poderá ser feita após a drenagem completa da rua. Enquanto isso, segundo o órgão estadual, os moradores permanecerão hospedados em um hotel pago pela empreiteira que realiza a obra.
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