O aumento da ocupação dos leitos UTI destinados ao tratamento de pacientes com quadro grave provocado pelo novo coronavírus na Grande Vitória tem pelo menos três explicações incluindo a chegada do inverno, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Neste domingo (5), a taxa de lotação das UTIs na região Metropolitana de saúde chegou a 89,8%. A ocupação média no Espírito Santo está em 86%.
O primeiro fator seria a transferência de pacientes com Covid-19 do interior para a Grande Vitória, que concentra o maior número de leitos, e, de acordo com a secretaria, tem apresentado redução do número de pacientes nos Pronto Atendimentos.
O segundo motivo é a chegada do inverno. Segundo a Sesa, a estação mais fria contribui para um aumento natural das internações em hospitais por síndrome respiratória.
Por último, conta também a redução do isolamento social nos últimos dias, que tem impulsionado o aumento no número de casos da doença no Estado.
A taxa de ocupação de leitos no Estado e na Grande Vitória se comportando com certa estabilidade nos últimos dias. Além da Grande Vitória, a região de saúde Norte também tem situação similar, com a taxa beirando os 90%.
Neste domingo, 11 dos 28 hospitais no Espírito Santo (somando públicos e os privados e filantrópicos contratados) com vagas em UTIs para atendimento pelo SUS estavam lotados.
Para se ter uma ideia do risco que o índice representa, a taxa de ocupação de leitos de UTIs é o fator determinante para que o governo do Estado decrete o início das medidas de risco extremo, similares ao lockdown. Para chegar a isso, seria preciso que a taxa ultrapassasse a marca de 90%.
Questionada por A Gazeta se com o aumento do índice novas medidas restritivas já podem ser adotadas, a Sesa informou que "é necessário acompanhar o comportamento da doença nos próximos dias para avaliar a consolidação ou não da tendência de aumento da taxa de ocupação".
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