A nova classificação do mapa de risco da Covid-19, que passa a valer a partir de segunda-feira (15), segue com 77 municípios em risco baixo (verde) e um em moderado (amarelo).
Nenhuma microrregião alcançou ainda o nível azul, de risco muito baixo, que retira as restrições de atividades. A principal dificuldade tem sido o avanço da vacinação da terceira dose no público idoso. No mês passado, o secretário de Estado da saúde, Nésio Fernandes, chegou a fazer a projeção de que todo o Espírito Santo deveria chegar ao azul em dezembro.
Para alcançar o patamar azul, é preciso atingir níveis de 80% de vacinação com duas doses na população adulta (18 anos ou mais), 90% dos adolescentes (12 a 17 anos) com a primeira dose, e 90% dos idosos com a dose de reforço. Além disso, os municípios devem ter pontos de testagem que atendam à livre demanda, sem necessidade de prescrição médica ou presença de sintomas.
Das 10 microrregiões avaliadas no mapa de risco, três cumprem os critérios de vacinação em adolescentes e população adulta: Sudoeste Serrana, Central Serrana e Litoral Sul. Já o Caparaó atinge um critério, o de imunização em adultos. Nenhuma alcança a meta de 90% de idosos com a terceira dose (D3). A Central Serrana apresenta o melhor índice de imunização nesse público, com 70,12%, ainda distante da meta.
“O critério que está faltando para esses municípios chegarem no risco muito baixo é o reforço dos idosos. Esse grupo etário é relativamente pequeno, então é mais fácil comparecerem para tomar a 3ª dose e alcançar esse percentual [90%]”, explica Pablo Lira, diretor de integração do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
Para ele, as quatro microrregiões que já cumprem um ou dois critérios da meta devem chegar em breve no azul e, possivelmente, as demais regiões alcançarão esse patamar em dezembro.
No Twitter, o governador Renato Casagrande destacou os índices de vacinação da terceira idade. “Precisamos incentivar e levar nossos idosos para tomar a dose de reforço. 4 regiões atingiram 80% de adultos vacinados e 3 regiões atingiram 90% dos adolescentes imunizados. A D3 ainda segue longe da meta”.
Casagrande já havia sinalizado, em entrevista coletiva no final de outubro, a previsão de que as cidades alcançassem o risco muito baixo a partir da segunda quinzena de novembro. Ele destacou na ocasião que os municípios têm o desafio de reforçar a terceira dose agora em novembro para que todo o Estado chegue no azul em dezembro.
Segundo Lira, o Espírito Santo apresenta bons números de vacinação com a primeira dose e redução de óbitos pela Covid-19, mas poderia ter um cenário melhor de controle da pandemia se a população completasse o esquema vacinal. A resistência, aponta ele, ocorre pela influência de fake news e ideias negacionistas, e também pelas reações que as vacinas causam, que são esperadas e normais.
A fase azul do mapa entrou em vigor em novembro para classificar a situação da pandemia nas regiões capixabas. Antes, havia apenas a divisão entre os riscos baixo (verde), moderado (amarelo), alto (vermelho) e extremo (vermelho escuro). Ao chegar nesse nível, caem as restrições à atividades econômicas e sociais, sendo necessário manter o uso de máscara e exigir o esquema vacinal.
A classificação em azul no mapa é atribuída à microrregião, e não apenas ao município, além de ser definitiva: ao atingir o risco muito baixo, não há o retorno para outras categorias, à exceção de possíveis novas crises.
O Espírito Santo tem 58,3% da população vacinada com as duas doses, ou dose única, da vacina contra a Covid-19. Ao todo, 5.967.080 doses já foram aplicadas no Estado, de acordo com os números do painel de vacinação deste sábado (13).
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