A epidemia de gripe não deverá ir embora antes de fevereiro. A projeção foi feita pelo secretário da Saúde do Estado, Nésio Fernandes, nesta terça-feira (28). Ele também reforçou que estamos vivendo uma epidemia de Influenza tipo H3N2 no Espírito Santo e que esse vírus coexiste com o da Covid-19. No entanto, ainda não há confirmação da cepa Darwin em território capixaba.
Segundo o secretário, o comportamento da Influenza não deverá ser de curta duração. “Deve se prolongar por pelo menos 40 a 60 dias, podendo inclusive ter um novo recrudescimento dentro do ciclo sazonal a partir dos meses de março e abril, sendo este ainda um cenário incerto. No entanto, não há perspectiva de que se resolva nos próximos 14 dias”, afirmou.
Nesta época do ano, de férias de verão e proximidade ao carnaval, há a previsão de ocorrência das síndromes respiratórias agudas graves e a circulação sazonal da Influenza. “São necessárias medidas não farmacológicas, como as de testagem, da suspeição de risco. Elas devem perseverar e serem assumidas como medidas que serão vividas pelo menos pelo período de médio prazo. Lavar a mão com frequência, usar álcool em gel E evitar compartilhamento de objetos ainda são medidas fundamentais”, explicou.
Conjuntamente à gripe, o Brasil vive uma transição em termos do coronavírus: de predominância da variante Delta para a Ômicron. Isso, segundo Nésio, deverá impactar a população não vacinada.
E, em sobreposição a este cenário, há a epidemia de Influenza, que pressiona - principalmente com pacientes ambulatoriais -, toda a rede de saúde.
"Temos a circulação da variante Ômicron consolidada no Brasil e não adotamos medidas capazes de impedir. Reconhecemos que a variante já vem assumindo predominância na transmissão comunitária em países com condições semelhantes a do Brasil", disse Nésio, que continuou:
Mesmo tendo sido alcançada a taxa de 78% de cobertura vacinal contra a Influenza no Estado, essa cobertura não foi suficiente para impedir o comportamento fora da sazonalidade esperada da circulação do vírus da gripe.
“Ainda não tivemos confirmada a circulação da variante Darwin em solo capixaba, mas está confirmado o H3N2, que possivelmente deve se tratar da nova variante, que possui comportamento atípico em relação ao comportamento sazonal. Não vivemos um surto nem uma oscilação, mas uma epidemia de Influenza, que nos últimos 25 dias tirou a vida de cinco capixabas”, disse.
Quanto à vacina que vem sendo disponibilizada contra a gripe, o secretário acredita que ela seja insuficiente no atual cenário. Ainda são necessários alguns meses até a chegada da vacina atualizada com as novas variantes para que a população esteja protegida e até lá, a vacina disponível poderá oferecer alguma proteção residual para a nova variante, mas não em proporção suficiente para que seja possível abandonar as demais medidas de cuidados sanitários.
“Algumas medidas que estavam caindo em desuso, no que diz respeito ao enfrentamento à Covid, voltam a ter alta relevância, como a limpeza frequente das mãos”, comentou.
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