A variante Éris do vírus causador da Covid-19 foi detectada em três amostras no Espírito Santo, na última sexta-feira (22). A informação foi dada pelo subsecretário de Estado da Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, em coletiva à imprensa nesta quarta (27). De acordo com ele, a variante predominante no Estado ainda é a Ômicron, mas é provável que, no próximo levantamento que será divulgado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen-ES), apareçam mais amostras da nova variante.
A EG.5 — popularmente conhecida como Éris — é a nova variante da Covid-19. A cepa é uma subvariante da Ômicron, o tipo mais comum do vírus no mundo atualmente. Segundo Orlei, os casos no Espírito Santo estão concentrados na Grande Vitória.
Apesar desse crescimento, não há registro de a Éris ser mais grave. Por isso, não houve aumento de hospitalização e morte por situações mais severas da doença. Testes sugerem, no entanto, que essa variante consegue escapar mais facilmente do sistema imunológico e, por isso, seja mais contagiosa.
A vacina continua sendo a principal forma de proteção contra a doença. De acordo com o subsecretário, apenas 14% da população do Estado está coberta com a vacina bivalente, o que é um número baixo. Ele reforçou a importância da vacinação com esse tipo de dose. "Para o esquema estar completo, é necessário a vacina bivalente. Ela foi produzida justamente para o enfrentamento de uma variante como a Éris, que é oriunda da variante Ômicron", alerta Orlei.
Durante a coletiva foram divulgados dados atualizados dos números de mortos por causa da Covid no Estado. Entre 1° de janeiro e 25 de setembro, 120 pessoas perderam a vida em decorrência da doença. A média de idade das vítimas é de 75 anos, sendo que 68% delas passaram por internação e 35% estavam com o esquema vacinal incompleto ou sem nenhuma dose.
Os sintomas são os mesmos da Ômicron, já que se trata de uma linhagem: febre, tosse, dor no corpo, coriza, dor de garganta — quadros que se assemelham a um resfriado e diferentes dos apresentados no início da pandemia, que podiam progredir para quadros respiratórios mais graves.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) destacou, também, que as recomendações sanitárias em relação à prevenção do novo vírus permanecem como as melhores formas de combate: higienização das mãos, proteção respiratória ao tossir e espirrar, além da vacinação contra a Covid.
Toda a população com 18 anos ou mais com o esquema primário completo (primeira e segunda doses) deve tomar uma dose de reforço, como a bivalente, desde que a última dose tenha sido aplicada há mais de quatro meses.
Já as pessoas com menor capacidade de resposta do sistema imunológico precisam ficar atentas e usar máscaras em espaços de aglomeração. Entre elas estão imunocomprometidos, pessoas que estão tratando câncer, que fazem hemodiálise, entre outros.
“São aquelas que estamos recomendando desde o início da pandemia. Essas pessoas devem usar máscara quando forem a locais com aglomerações, fechados, mal ventilados”, afirmou, em comunicado, Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde.
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