O governo do Espírito Santo reduziu para quatro meses o intervalo de tempo de aplicação da dose de reforço contra a Covid-19 em idosos a partir de 60 anos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (21) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A nova estratégia de enfrentamento ao vírus no Estado também foi comunicada pelo governador Renato Casagrande (PSB), em uma rede social, nesta quinta-feira.
Até então, a dose de reforço era administrada com intervalo de cinco meses após a última aplicação. A medida é válida para as vacinas administradas em duas doses ou dose única, no caso, a Janssen.
O secretário Nésio Fernandes explicou que a média móvel de óbitos ( 14 dias), entre as pessoas com mais de 60 anos, chegou ao patamar de 4,5 mortes por dia, em agosto, e 9 óbitos, na média móvel (14 dias), em setembro.
Segundo ele, o crescimento de óbitos e das internações não representa uma nova onda de expansão da doença, mas exige medidas sanitárias que sejam eficazes para combater essa tendência. Uma das ações é a redução do intervalo entre as vacinas.
Durante a coletiva, Fernandes revelou que o governo não descarta a possibilidade de ampliar a aplicação do reforço à população, seja para os capixabas com idade menor de 60 anos, ou por grupos específicos, como as pessoas com comorbidade.
Nésio Fernandes também informou que a Secretaria de Estado da Saúde não vai determinar a redução do intervalo de aplicação entre a primeira e a segunda dose da Pfizer e da Astrazeneca na população adulta capixaba.
"O governo do Estado decide manter o prazo de oito semanas entre a D1 e a D2 na aplicação das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca. Não iremos adotar a redução para prazos menores neste momento da aplicação da D1 e D2", disse Fernandes.
Na avaliação do secretário, o prazo de 21 dias da aplicação da D1 e da D2 adotada por alguns estados pode prejudicar o resultado da vacinação no que diz respeito à eficácia para casos sintomáticos.
Segundo ele, isso é o que apontam os estudos que avaliaram resultado distinto entre a aplicação da D1 e D2 em prazos curtos e prazos ampliados.
"A manutenção de um prazo mínimo de oito semanas entre a D1 e a D2 é capaz de repercutir em uma melhor resposta do sistema imune para casos leves. Em um contexto de controle da pandemia, no controle da infecção dos casos leves, a situação do vírus é fundamental para poder vencer o Sars-CoV-2", declara.
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