O Espírito Santo ampliou a oferta de vagas para pacientes com a Covid-19, mas, ainda assim, a taxa de ocupação de leitos de UTI permanece alta. Nesta segunda-feira (15), o indicador alcançou 84,75%, menos de um ponto percentual de diferença em relação à véspera, quando havia 85,54% em uso. A utilização das vagas de terapia intensiva tem se mantido próxima dos 91% que o governo do Estado classificou como risco extremo, que levará a adoção de medidas mais restritivas para a população.
Até o domingo (14), havia 1.305 leitos pelo SUS, em enfermarias e UTIs, para pessoas infectadas pelo coronavírus. Desses, 643 eram de terapia intensiva. Em 24 horas, mais 22 vagas foram abertas - seis na UTI. A oferta está distribuída por hospitais da rede estadual, e também filantrópicos e particulares com os quais a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) firmou contratos.
Embora com índices muito próximos, a região Norte passou a Grande Vitória e apresenta ocupação maior, alcançando 85,9%. Na região metropolitana, onde há mais oferta de leitos, a taxa chegou a 85,32%. No Sul, está em 85,07% e, na Central, 73,53%.
O cenário confirma o que apontou a terceira fase do inquérito sorológico realizado pela Sesa, ao constatar que a transmissão do coronavírus está ganhando força no interior, aumentando a pressão sobre o sistema de saúde também fora da Grande Vitória.
O Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, referência para atender infectados pela Covid-19, tem 250 leitos e 83,6% estão com pacientes que desenvolveram o quadro mais grave da doença. Na Grande Vitória e no interior, contudo, já há uma relação de hospitais que atingiram o limite de sua capacidade de atendimento, como o Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, e o Meridional de São Mateus.
A elevada taxa de ocupação de leitos associada à baixa adesão ao distanciamento social pode colocar o Espírito Santo no risco extremo que, entre outras medidas, estabelece limite de horário para circulação de pessoas, exige da população documentação que comprove a necessidade de sair de casa, e restringe o funcionamento de atividades econômicas. No último sábado (13), a taxa de isolamento foi a pior em dois meses.
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