O Espírito Santo vai aplicar a segunda dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em grávidas que já tinham se vacinado, na primeira dose, com o imunizante da Astrazeneca. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), até a próxima terça-feira (27) será publicada uma resolução sobre a vacinação heteróloga de gestantes, que deve contemplar um pouco mais de 3 mil mulheres.
A medida segue uma recomendação do Ministério da Saúde que, após a morte de uma gestante que havia sido imunizada com a vacina da Astrazeneca, interrompeu em maio a aplicação da fabricante em grávidas e puérperas, que passaram a receber doses de outros fornecedores.
A nota técnica publicada pelo Ministério da Saúde informa que a escolha da Pfizer para substituir a Astrazeneca nestes casos foi decidida porque não havia dados suficientes sobre a intercambialidade – quando são usadas vacinas diferentes na primeira e segunda dose – utilizando a Coronavac, embora haja estudos em andamento.
Segundo o ministério, as pessoas imunizadas com vacinas diferentes deverão ser informadas sobre a limitação de dados e da relação entre risco e benefício. As pesquisas apontam, contudo, que é melhor imunizar este público com vacinas de outros fabricantes do que deixá-las sem proteção.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também já se manifestou sobre o uso de vacinas de fabricantes diferentes. A entidade avaliou que "em situações onde não seja possível administrar a segunda dose com o mesmo produto, por falta do mesmo produto ou por outras preocupações, seria possível a adoção de esquemas heterólogos".
Apesar disso, pessoas que acidentalmente tomaram duas vacinas diferentes devem notificar o erro e serem acompanhados para observar a ocorrência de "eventos adversos e falhas vacinais".
A vacinação heteróloga em grávidas que tomaram a Astrazeneca na primeira dose é uma medida que já era defendida pela Sesa, que aguardava apenas a manifestação do Ministério da Saúde para colocar em prática.
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