O Espírito Santo confirmou os dois primeiros casos de varíola dos macacos. A informação foi divulgada no fim da tarde desta quinta-feira (14) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), que recebeu o diagnóstico positivo. A investigação dos casos havia sido divulgada em coletiva de imprensa na última terça-feira (12).
Os dois pacientes são homens com idades entre 30 e 49 anos, que moram na Grande Vitória. Ambos têm histórico de viagem recente a São Paulo – o Estado que concentra a grande maioria das confirmações da doença no Brasil, até o momento.
Apesar das confirmações, a Sesa informou que os dois pacientes já estão curados. "O período de isolamento desses dois pacientes já encerrou e ambos estão curados, não trazendo riscos à população", ressaltou, em nota.
Os dois primeiros casos foram confirmados quase um mês após a primeira apuração da doença no Estado. Foram cinco suspeitas investigadas até o momento, sendo que três foram descartadas.
No dia 15 de junho, a Secretaria Estadual de Saúde divulgou que tomou conhecimento de um tripulante estrangeiro que apresentava sintomas da doença. Era o primeiro caso suspeito no Estado, que acabou descartado.
Desde então, outros dois casos já foram investigados. Ambos eram em homens adultos com histórico de viagem internacional, mas os testes feitos também descartaram a Monkeypox.
Apesar de ter tomado os noticiários recentemente, a varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.
De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas e três semanas, consistindo em: febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.
De maneira geral, são duas as variantes principais da doença. A mais grave delas, conhecida como "cepa do Congo", pode chegar a 10% de mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de "cepa da África Ocidental", tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.
O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados. Por isso, a Anvisa sugeriu que os brasileiros usem máscaras, reforcem a higienização e façam o distanciamento social para evitar a transmissão.
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