> >
ES cria força-tarefa para fiscalizar comércio e aglomerações no carnaval

ES cria força-tarefa para fiscalizar comércio e aglomerações no carnaval

Serão adotadas medidas como proibição de shows e blocos de carnaval, restrição do horário de funcionamento do comércio e reforço do efetivo de policiais

Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 20:03- Atualizado há 4 anos

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Forças de segurança do Estado montaram um esquema especial de fiscalização para o Carnaval
Forças de segurança do Estado montaram um esquema especial de fiscalização para o Carnaval . (Divulgação/SESP)
ES cria força-tarefa para fiscalizar comércio e aglomerações no carnaval

As forças de segurança do Espírito Santo montaram um esquema especial de fiscalização para o período do carnaval, que começará já nesta sexta-feira (12) e vai até a quarta-feira de cinzas (17). Entre as principais medidas, estão a proibição de blocos de carnaval, fiscalização do comércio - com horários especiais para funcionamento de acordo com a classificação no Mapa de Risco do coronavírus - e reforço do efetivo policial.

A operação terá participação do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar. Serão 1.620 policiais militares em 550 viaturas, além de 155 policias civis e 184 militares dos Bombeiros, totalizando 1.959 agentes em todo o Estado. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, explicou que serão ações como blitz e cercos táticos para orientar a população, mas afirmou que, caso haja desobediência, pode haver o uso de força.

"Faremos blitz, reforçaremos o policiamento ostensivo e, também, as ações de cerco. Faremos a ação de fiscalização a estabelecimentos em conjunto com o Corpo de Bombeiros, com a vigilância sanitária e com as prefeituras. A primeira ação da PM é fazer uma orientação à sociedade. Havendo a desobediência e a persistência, aí sim a Polícia Militar, fazendo o uso progessivo de força, fará a dispersão desses aglomerados", disse o comandante-geral.

Caus ainda informou que foi feito um levantamento por parte do setor de inteligência da polícia para identificar locais em que possa haver aglomerações. Segundo o comandante-geral, são pontos em que tradicionalmente há mais movimentação de pessoas durante o período do carnaval.

"A Polícia Militar, através do seu sistema de inteligência, já fez o levantamento dos lugares de possível aglomeração e fará de forma preventiva uma alocação de recursos de policiais nesses locais, a fim de evitar essas aglomerações. São aqueles lugares que, tradicionalmente, ao longo dos anos anteriores, se faz qualquer tipo de aglomeração para comemorar o carnaval", afirmou.

O coronel Alexandre Ramalho, secretário de Segurança Pública do Espírito Santou, citou que a participação da população para denunciar as festas e aglomerações é primordial. O secretário classificou o ano de 2021 como "diferente" por conta da pandemia do coronavírus e destacou que qualquer evento realizado nas ruas será considerado clandestino.

Forças de segurança do Estado montaram um esquema especial de fiscalização para o Carnaval
Forças de segurança do Estado montaram um esquema especial de fiscalização para o Carnaval . (Divulgação/SESP)

"Esse ano de fato tem que ser um ano diferenciado, com a participação da sociedade capixaba. Nenhum evento em via pública está autorizado e, se isso acontecer, ele será um evento clandestino e será cancelado. Nós trabalharemos com informações pela nossa inteligência, monitorando redes sociais. O canal 181 está aberto, o 190, mas, obviamente, nós não conseguimos ser onipresentes, então a participação da sociedade é importante", disse o secretário.

Nos municípios classificados em risco moderado no Mapa de Risco do Governo do Estado, estabelecimentos como bares, restaurantes e distribuidoras de bebidas terão restrição no horário de funcionamento durante o período de carnaval, podendo abrir de segunda a sábado até 22h e, no domingo, até 16h. Já nas cidades em risco alto de transmissão da doença, o funcionamento destes estabelecimentos está limitado entre segunda e sexta-feira, até as 20h e, no sábado, até 16h. Shows e blocos de carnaval estão proibidos em todo o Estado.

Para comerciantes ou responsáveis por eventos que desrespeitarem as normas do Governo do Estado, o coronel Cerqueira, do Corpo de Bombeiros, que é o órgão responsável por coordenar a fiscalização, garantiu que haverá punições.

"A Polícia Militar, o Procon, a vigilância sanitária e as agências municipais são equipes grandes que fazem um mapeamento através de denúncias e do serviço de inteligência no sentido de coibir aglomerações. Serão aplicadas as notificações, as interdições e pode ser que, inclusive, haja a condução dos responsáveis ou proprietários que persistem em desrespeitar as medidas impostas pelo Estado", resumiu.

Uma das maiores preocupações em relação às aglomerações e festas durante o carnaval é a sobrecarga do sistema de saúde. O secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, afirmou que o Estado se preparou para a pandemia, com ampliação do número de leitos de UTI para atendimento de pacientes com a Covid-19.

O secretário reforçou, porém, que é preciso manter uma disciplina e respeitar o momento da pandemia, mesmo com uma tendência de estabilização dos indicadores durante o mês de fevereiro. Ele chamou atenção, também, para as novas variantes do vírus que estão circulando no país.

Este vídeo pode te interessar

"Nós podemos garantir que o Estado, no mês de fevereiro, consolide uma tendência de redução importante de óbitos, internações e casos. Para isso, em um período de feriado prolongado, como é o carnaval, nós precisamos manter a disciplina e termos um comportamento social correspondente com aquele que temos durante a pandemia. A doença não está controlada no Brasil, não está controlada no Espírito Santo, temos novas cepas e variações do vírus circulando (no país) e toda a atenção e disciplina social é necessária para poder, no mês de fevereiro, termos menos de dois dígitos de óbitos por dia", apontou.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais