A definição sobre a retomada ou não das aulas presenciais em todo Espírito Santo deverá ser apresentada pelo governo do Estado na próxima semana. Em entrevista coletiva concedida neste sábado (18), o governador Renato Casagrande (PSB) afirmou que a autorização para a reabertura de escolas e faculdades só será possível com o aval dos profissionais da Vigilância Sanitária. Pelas normas vigentes, as atividades estão suspensas até o dia 31 deste mês, mas pode haver prorrogação.
Com algumas instituições já se organizando para retomar as aulas presenciais em agosto, Casagrande deixou claro que não existe nenhuma garantia de que o período de suspensão não será prorrogado. "O desejo do governo é voltar as aulas presenciais, mas só voltaremos na hora em que as autoridades sanitárias disserem que é seguro voltar. Só decidirei com base em parecer técnico", assinalou.
As aulas em todo Estado estão suspensas desde o dia 17 de março. Em abril, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) implantou o Programa Escolar, para que os estudantes pudessem ter aulas remotas. Desde o início de julho, a frequência nas atividades virtuais passou a ser contabilizada.
Casagrande afirmou que o secretário da Educação, Vitor de Angelo, tem escutado diferentes grupos de interesse no tema, mas que é preciso buscar um equilíbrio entre os diferentes posicionamentos. "O governo trabalha com visões distintas e diversas e precisa tirar uma resultante dessas visões todas. Tem gente que quer ficar de quarentena até 2050 e tem gente que nunca entrou em quarentena. O governo trabalha buscando equilíbrio entre as diversas visões e que nos dê segurança", declarou.
Casagrande ressaltou, no entanto, que o governo estadual não está com pressa para divulgar os protocolos para retorno das aulas. "Não adianta a gente ter pressa pra anunciar o protocolo se nós não sabemos, ainda, quando vamos poder voltar. Não temos pressa com isso porque não decidimos a data de retorno", apontou. Ele destacou que as escolas estão entre os espaços que mais geram interação e, portanto, o risco de contágio: "A escola é um local de muita interação. Acho que é o de maior interação, porque é gente que vem de diversos bairros para um local só e depois retorna para seus bairros, por isso só com total segurança para voltar."
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