O secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, apontou, em pronunciamento realizado nesta quarta-feira (04), três cenários da pandemia que irão indicar a oferta de leitos para o enfrentamento ao novo coronavírus. São panoramas criados pelo governo do Estado para disponibilizar a estrutura necessária e dar a assistência aos usuários do SUS. Os cenários foram divididos em A, B e C.
No cenário A, o governo estima uma continuidade da queda de número de óbitos e de internação de pacientes graves. Mais lenta, porém sustentada ao longo dos próximos 60 dias. Para este cenário, os leitos hoje destinados exclusivamente a pacientes de Covid continuam passando por reversão para atendimento de outras doenças até o fim do ano.
No cenário B, Nésio indicou uma condição de estabilidade, com uma média de 300 pacientes internados em UTIs, por dia, em todo o Estado, sustentada ao longo do mesmo período de 60 dias, de forma que a variação desse número não passe de 10%. Neste caso, o secretário informou que a capacidade de leitos atual acompanha o cenário B, desde que haja uma expansão de leitos de isolamento, como os que foram anunciados também nesta quarta-feira (04).
Já o cenário C é o que exige maior atenção. Nele, haveria um aumento da pressão assistencial para pacientes com Covid-19 e outras doenças respiratórias. Ocorrendo de fato esse panorama, o secretário afirmou que uma nova expansão e contratação de leitos, assim como no início da pandemia, seria realizada.
Ocorrendo o cenário C, nós estaríamos lançando mão dessas expansões e também da ampliação da contratualização com a rede filantrópica e privada de leitos para poder suportar a ampliação de casos da Covid-19, explicou.
No pronunciamento, Nésio Fernandes também confirmou a abertura de mais 60 leitos de UTI e 60 de enfermaria para o tratamento da Covid-19. Segundo o secretário, foi observado um aumento da necessidade de leitos para pacientes suspeitos que, somado à demanda para outras doenças, exigiu ajuste na oferta.
Temos a coexistência das doenças infecciosas, a tuberculose, doenças virais, metabólicas... As causas externas, que também afligem os serviços de saúde. Temos a pandemia e também as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, que também pressionam o sistema de saúde. É uma quádrupla carga de doenças, concluiu.
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