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ES deve aplicar 3ª dose com vacina da Pfizer para grupos de risco da Covid

ES deve aplicar 3ª dose com vacina da Pfizer para grupos de risco da Covid

Ministério da Saúde está discutindo a aplicação da dose de reforço (terceira dose), estratégia defendida pelo governo do Espírito Santo sobretudo para os mais vulneráveis à doença

Publicado em 16 de agosto de 2021 às 18:55

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Vacina Pfizer-BioNTech
A vacina da Pfizer deve ser utilizada como dose de reforço no país. (Carlos Alberto Silva)
Aline Nunes
Repórter de Cotidiano / [email protected]

A discussão sobre a necessidade de aplicação da terceira dose (D3) da vacina contra a Covid-19 entrou na fase final e, ainda este mês, o Ministério da Saúde deverá apresentar um posicionamento definitivo sobre o assunto. A perspectiva é utilizar o imunizante da Pfizer com foco na população mais vulnerável à doença.

ES deve aplicar terceira dose com vacina da Pfizer para grupos de risco da Covid

No Espírito Santo, o reforço, em um primeiro momento, seria para os idosos e imunossuprimidos - pessoas com o sistema imunológico mais debilitado. O panorama foi apresentado pelo secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, em coletiva nesta segunda-feira (16).

Ele observou que praticamente todas as vacinas disponibilizados pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), que representam a primeira geração de imunobiológicos contra a Covid-19, deverão ter doses de reforço. Ele ressaltou que não se trata de nenhum demérito para os imunizantes, mas uma análise científica sobre a necessidade de se aplicar a D3. 

Nésio Fernandes pontuou que diversos países já começaram a adotar a estratégia, e a própria fabricante Pfizer faz essa recomendação. E é com esse imunizante que, segundo ele, o Brasil deverá começar a também implementar a D3, principalmente para atender ao público mais vulnerável e que esteve entre os primeiros vacinados, no período de janeiro a março deste ano. 

"O Estado já apresentou sua posição favorável à  adoção. O assunto está sendo debatido pelos comitês técnicos do Ministério da Saúde e o tema deve avançar nas próximas semanas para uma definição concreta no PNI", contou. A previsão é atender idosos e imunossuprimidos, mas Nésio Fernandes não estabeleceu a faixa etária compreendida e que doenças serão abrangidas, orientação que deverá ser dada pelo governo federal. 

REFORÇO PARA TODAS AS VACINAS

Para o secretário, um reforço será necessário até mesmo para a vacina que hoje se apresenta como dose única - no Brasil, a Jannsen - considerando que o sistema imunológico responde melhor com reforços vacinais e amplifica sua capacidade de defesa. 

"Entendemos que a exposição da população às diversas cepas deve ser combatida reforçando essa resposta (imunológica), que pode ser adquirida com as vacinas disponíveis. Devemos ter uma nova atualização do PNI, que deve ocorrer ainda este mês, com uma posição do Ministério da Saúde", reafirma Nésio Fernandes. 

Questionado se a D3 vai ser direcionada somente a quem tomou a Coronavac, o secretário disse que o foco inicial é esse público, mas que, depois, os imunizados com as demais vacinas também deverão receber o reforço.

"Não é restrito a quem tomou esse imunizante (Coronavac). No futuro, doses de reforço também serão aplicadas nos demais casos para poder estimular o sistema imune e garantir maior proteção à população."

Nésio Fernandes acrescentou que o governo do Estado mantém a negociação com fabricantes de vacina até para que, com mais disponibilidade de doses, possa antecipar o reforço a grupos que inicialmente não serão atendidos pelo PNI. 

Vale ressaltar que o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica que permite, em algumas situações, o uso de vacinas diferentes para a D1 e a D2, e o mesmo deverá ser considerado quando a D3 passar a ser aplicada. 

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