Os moradores de 37 cidades capixabas que estão sem a 2ª dose da Coronavac, vacina do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, devem receber o imunizante a partir da semana que vem.
Segundo informou o subsecretário de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Luiz Carlos Reblin, o repasse de lotes do imunizante aos Estados, prometido pelo Ministério da Saúde, foi menor que o necessário para atender todo o público.
CIDADES QUE NÃO TÊM 2ª DOSE DA CORONAVAC
Em entrevista à rádio CBN Vitória (92,5 FM) nesta quarta-feira (28), Reblin explicou que o Estado atendeu a definição do Ministério da Saúde indicando que as remessas 8, 9 e 10 da Coronavac deveriam ser aplicadas na 1ª dose do público-alvo.
A vacina Coronavac tem a previsão de intervalo de 28 dias entre a aplicação da primeira e da segunda doses, necessário para que se tenha a imunização completa. Esse foi o período pactuado entre a Sesa e os municípios capixabas desde o início da vacinação.
Desde o fim de março, o governo federal passou a orientar que não era mais preciso reservar metade dos lotes da Coronavac para garantir a segunda aplicação do imunizante.
Porém, o Ministério da Saúde mudou o protocolo essa semana após perceber que não haverá imunizantes para todos nas datas previstas e divulgou uma nota técnica pedindo que as secretarias estaduais de saúde voltem a reservar a segunda aplicação de cada lote.
"A informação que temos é que houve um atraso na entrega dos insumos. O Butantan recebe os insumos de outro país e o material não chegou a tempo para produção[...]. Isso deve ser normalizado a partir da semana que vem", avalia Luiz Carlos Reblin.
Na noite de sábado (24), o secretário de Estado da Saúde (Sesa), Nésio Fernandes, usou as redes sociais para explicar o motivo do atraso e enfatizou que não é permitido tomar doses de laboratórios diferentes, apesar de no Espírito Santo isso ter acontecido, por engano, com pelo menos 500 pessoas.
"Não existem estudos de segurança e eficácia disponíveis para subsidiar o cruzamento de doses de fabricantes distintos. A vacina é um imunizante poderoso. Após aplicada não é um produto que se decompõe pela validade de dias. Até o presente momento, a ampla maioria dos estudos reforçou vantagens na ampliação do prazo de aplicação entre as doses. Na imensa maioria das vezes, não há prejuízo na produção de anticorpos com a ampliação breve do período entre as doses. Já há uma grande proteção contra a infecção, casos moderados, graves e óbitos", pontuou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta