O Espírito Santo espera realizar testes para identificar a presença da varíola dos macacos em materiais genéticos com auxílio do Laboratório Central do Estado em agosto. A expectativa foi compartilhada pelo secretário de Saúde, Nésio Fernandes, que solicitou ao Ministério da Saúde o envio de insumos. Até esta quinta-feira (28), o Espírito Santo tem dois casos confirmados da doença – ambos identificados no laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro – e outras quatro suspeitas em investigação.
De acordo com Nésio Fernandes, o Espírito Santo está na fila para receber os insumos desde o mês de maio. A expectativa agora, segundo o secretário, é que o material chegue ao Estado durante o mês de agosto.
O laboratório do Estado vizinho é tido como referência pelo Ministério da Saúde para a testagem dos casos. Segundo Nésio Fernandes, a realização de testes em território capixaba deve facilitar a identificação dos casos. "As amostras são enviadas [ao RJ] sem dificuldade. Mas realizando os testes no Espírito Santo, poderemos quebrar a cadeia de transmissão da doença."
As amostras coletadas em pacientes com suspeita de varíola dos macacos são enviadas para o Rio de Janeiro, onde há a confirmação ou descarte da doença. Apesar da atual organização entre teste e resultado, o secretário afirma que o Espírito Santo tem capacidade de testagem.
"O Estado tem condições de testagem, no entanto, é preciso ter insumos que não estão disponíveis. A infraestrutura do Laboratório Central é um legado que permite termos maior capacidade de testagem de outras doenças", afirma.
Foram 13 notificações, sendo 7 já descartadas. O Espírito Santo tem quatro casos em investigação e dois casos confirmados.
Os casos confirmados são dois homens com idades entre 30 e 49 anos que moram em Vitória e Vila Velha. Eles têm sintomas como erupção cutânea, febre súbita, suor e dor de garganta.
Procurado pela reportagem de A Gazeta, o Ministério da Saúde afirmou que o laboratório da UFRJ é referência para casos notificados no Espírito Santo. Segundo a pasta, "o fluxo laboratorial tem sido cumprido por todas as unidades e a resposta tem sido oportuna".
Para Nésio Fernandes, o Ministério da Saúde precisa estabelecer uma série de medidas para fornecer testagem e garantir que os casos positivos cumpram o período de isolamento.
Perguntado sobre uma possível subnotificação de casos, Nésio manifestou que "sem dúvida alguma" os casos registrados estão em menor número que a real circulação da doença no Brasil.
Dados atualizados nesta quinta-feira (28) pelo Ministério da Saúde mostram que o Brasil contabiliza 978 casos de varíola dos macacos. No Espírito Santo, são dois os casos confirmados.
Para diminuir a subnotificação, Nésio defende que o critério de testagem no Estado seja ampliado, permitindo que mais pessoas tenham acesso aos testes da doença.
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