Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Municípios apontou que o Brasil tem enfrentado um desabastecimento de vacinas, ou seja, o Ministério da Saúde não tem enviado vacinas suficientes para atender a população. No Espírito Santo, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), as que estão em falta são:
E os capixabas têm percebido essa falta. É o caso da aposentada Teresa Pena. "Eu fiz cirurgia agora há pouco tempo e o médico pediu que eu tomasse a vacina e eu não encontrei. Aí fiz o teste PCR, deu negativo, mas eu gostaria de me proteger, só que não está tendo, e a Covid ainda está aí. Eu não consigo me proteger, porque não tem a vacina", contou ela, em entrevista à TV Gazeta.
Esse desabastecimento afeta quem vai começar um novo ciclo vacinal, mas também interrompe quem já está em um. Isso traz vários riscos; um dos principais é a volta de doenças que já estavam controladas exatamente pelas vacinas.
O médico infectologista Lauro Ferreira Pinto deu mais detalhes sobre as consequências da falta de vacinas: "Estamos tendo surto de coqueluche no Sul, tivemos morte por coqueluche na região Sul do país. Temos o medo da volta de sarampo, poliomielite. E a gente se preocupa com resistência bacteriana, que é um dos problemas do século, e uma das coisas que previne é o uso de vacinas. A ciência estima que cerca de 150 milhões de vidas foram salvas pelas vacinas nos últimos 50 anos. É uma vida a cada seis minutos".
O Ministério da Saúde disse à TV Gazeta que mantém os envios regulares, mas admitiu que há faltas pontuais. Segundo a pasta, a vacina de catapora tem uma remessa para ser entregue e outra compra em andamento. Para a covid, a entrega semanal segue a capacidade de armazenamento da rede de frio dos Estados, porque a vacina precisa de baixa temperatura. Em relação à meningite C, a orientação para onde está faltando é substituir por outros três tipos de meningite.
*Com informações do repórter João Brito, da TV Gazeta
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