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ES investiga dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos

ES investiga dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos

Pessoas que apresentam sintomas estiveram em São Paulo e têm entre 30 e 49 anos; três casos já foram descartados no Estado

Publicado em 12 de julho de 2022 às 15:56

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Partícula do vírus da varíola dos macacos; doença geralmente começa com sintomas semelhantes aos da gripe
Partícula do vírus da varíola dos macacos; doença geralmente começa com sintomas semelhantes aos da gripe. (Science Photo Library)
ES investiga dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos

Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) está investigando dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos (Monkeypox) no Espírito Santo. A informação foi divulgada nesta terça-feira (12), em coletiva de imprensa com o secretário de saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário Luiz Carlos Reblin.

De acordo com as informações repassadas, os casos em investigação são de pessoas com idade entre 30 e 49 anos que estiveram em São Paulo. Exames feitos no Laboratório Central do Estado (Lacen-ES) descartaram outras doenças com sintomas semelhantes, como sarampo e sífilis.

"Pessoas que viajaram para São Paulo e apresentaram sintomas (da varíola dos macacos) procuraram a rede. Já foram feitos os exames no Lacen e materiais já estão no Rio de Janeiro. Agora a gente aguarda o resultado do laboratório", detalhou Reblin, sem informar um prazo para que o resultado seja divulgado.

Além desses dois casos investigados atualmente, três já foram descartados no Espírito Santo, que segue sem confirmações da doença. 

Segundo informações da Agência Brasil, o total de pessoas infectadas com o Monkeypox chegou a 219 no país, sendo 158 casos apenas em São Paulo.

PRIMEIRA INVESTIGAÇÃO NO ES COMEÇOU HÁ UM MÊS

Cinco casos da varíola já começaram a ser investigados no Espírito Santo. No dia 15 de junho, a Secretaria Estadual de Saúde divulgou que tomou conhecimento de um tripulante estrangeiro que apresentava sintomas da doença. Era o primeiro caso suspeito no Estado, que acabou descartado.

Desde então, no intervalo de um mês, outros dois casos já foram investigados. Ambos eram em homens adultos com histórico de viagem internacional, mas os testes feitos descartaram a Monkeypox. Como informado nesta terça (12), mais dois casos estão em apuração.

DOENÇA NÃO É NOVA: SINTOMAS E TRANSMISSÃO

Apesar de ter tomado os noticiários recentemente, a varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.

De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas e três semanas, consistindo em: febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.

De maneira geral, são duas as variantes principais da doença. A mais grave delas, conhecida como "cepa do Congo", pode chegar a 10% de mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de "cepa da África Ocidental", tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.

O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados. Por isso, a Anvisa sugeriu que os brasileiros usem máscaras, reforcem a higienização e façam o distanciamento social para evitar a transmissão.

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