Com o objetivo de identificar de fato qual foi o primeiro caso do novo coronavírus no Espírito Santo e entender o comportamento da doença em terras capixabas, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) vai investigar materiais biológicos coletados desde dezembro do ano passado.
Na manhã desta terça-feira (11), o secretário Nésio Fernandes revelou que anticorpos contra a Covid-19 foram encontrados em uma amostra de uma moradora de Guarapari, coletada em 11 de fevereiro. Ou seja, quase duas semanas antes do primeiro caso oficial do Estado e do país.
Em entrevista à CBN Vitória nesta tarde, o subsecretário Luiz Carlos Reblin explicou a relevância desse trabalho. É importante entender como a doença começa e como adquire força de transmissão. Tanto para intervenções futuras contra a Covid-19, quanto para outras possíveis pandemias, disse.
Na investigação são usados materiais biológicos, como o coletado em exames para detectar dengue ou em doações de sangue. O armazenamento temporário, sob responsabilidade das secretarias estaduais de saúde, é obrigatório por lei, justamente, para a realização desse tipo de estudo.
Sem ter saído de Guarapari, a moradora apresentou sintomas da Covid-19 no início do mês de janeiro, o que sugere que ela teria contraído a doença nessa época, de acordo com Reblin. A história da doença ganhará outro contorno. Vamos investigar pessoas próximas a ela e se há uma cadeia de transmissão a partir desse caso, adiantou.
Segundo ele, é possível que a infecção tenha acontecido por meio de alguém que teve contato com a capixaba pelo serviço que ela presta, durante o verão. Como ela não viajou, a pessoa doente pode ter ido até à cidade. É difícil estabelecer esse vínculo, mas vamos tentar, garantiu.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta