O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, informou durante entrevista à CBN Vitória pela manhã que houve duas mortes e 74 casos identificados de H3N2 no Estado. Questionada se esses casos se tratavam da nova variante, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) confirmou que os óbitos e os casos citados eram da variante Darwin. Após a publicação da reportagem, no entanto, a Sesa corrigiu as informações e disse que ainda não há confirmação de que a nova cepa está circulando no Espírito Santo. Segundo a Sesa, os casos são investigados por laboratório para confirmar a presença da nova variante. O título e o texto foram corrigidos.
O governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa), informou que 74 pessoas foram contaminadas pelo vírus H3N2, um dos subtipos de vírus que causa a Influenza A, doença popularmente conhecida como gripe. Foram identificados ainda cincos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza e duas pessoas morreram.
Mais cedo, em entrevista para A Gazeta e na Rádio CBN Vitória nesta terça-feira (21), o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, chegou a informar que as mortes seriam de H3N2. A Secretaria de Saúde foi questionada se as doenças foram causadas pela nova cepa, Darwin, e confirmou os casos à reportagem. No início da tarde, porém, a Sesa afirmou que, até o momento, não há confirmação de que a cepa que está circulando no Espírito Santo é a mesma que tem sido observada nos demais Estados.
Sobre os testes para tentar identificar a cepa Darwin no Estado, a Sesa informou que "aguarda resultados de sequenciamentos genéticos que foram encaminhados para a Fiocruz" e que "guarda o restabelecimento do sistema de notificação do Ministério da Saúde para ter o balanço completo sobre a Influenza no Estado".
Na última quarta-feira (15), o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, classificou o Espírito Santo em um cenário de epidemia de gripe. Nesta terça, Nésio explicou que a Secretaria de Saúde já analisou 15 mil amostras.
"Já temos 74 casos confirmados de H3N2 em idosos e em crianças, porque nós fazemos a testagem de RT-PCR, principalmente, em idosos e em crianças. Quando tem caso grave ou óbito, a gente faz a plataforma de 21 vírus que reconhece o subtipo. Tivemos dois óbitos acumulados, mas temos outros em investigação", explica.
A orientação é a de que as pessoas tomem a vacina contra a Influenza, que protege também contra o subtipo H3N2 (também conhecida como supergripe). Os imunizantes disponíveis, porém, ainda não são capazes de combater a cepa Darwin.
"O problema é que a vacina disponível foi atualizada com outras variantes. A atualização da cepa que está circulando só vai ocorrer no primeiro trimestre do próximo ano. Então, até lá, as medidas complementares como máscara, testagem e isolamento vão ser fundamentais para poder controlar a circulação", disse Nésio.
Sobre o tratamento destinado às pessoas com gripe, Nésio informou que os pacientes que demandam de internação são encaminhados para os leitos de isolamento até a confirmação do diagnóstico.
"Nosso fluxo assistencial está preparado para suportar essa pressão. No entanto, não queremos receber as pessoas nos leitos. A gente quer que as pessoas se protejam e que elas não adoeçam. Por isso, é importante que, diante de qualquer sintoma, principalmente crianças e idosos procurem o serviço de saúde no primeiro dia de sintoma", orienta.
Na unidade de saúde, quem está com sintomas fará o exame que identifica se a infecção é por Covid-19 ou Influenza. "No caso da Influenza, diferente da Covid, temos tratamentos eficazes, adequados para poder reduzir os riscos de internação e casos graves", afirma Nésio.
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