O Espírito Santo está novamente investigando um caso suspeito de varíola dos macacos. Trata-se de um homem com idade entre 30 e 39 anos com histórico de viagem recente a São Paulo. O paciente, com sintomas da doença, está devidamente isolado. É o sexto caso da doença investigado no Estado: três já foram descartados e houve duas confirmações da doença.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou a suspeita no fim da tarde desta quarta-feira (20). Segundo a pasta, amostras foram coletadas e enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo, para fluxo laboratorial da realização de diagnóstico diferencial. A secretaria explicou que o Lacen é capacitado para realizar o teste molecular específico para detecção do vírus da Monkeypox, porém ainda não recebeu os insumos do Ministério da Saúde.
O paciente está em isolamento domiciliar após procurar serviço de saúde com sintomas de febre, aumento dos linfonodos do pescoço e erupções cutâneas. O monitoramento, segundo a Sesa, está sendo realizado pela vigilância epidemiológica municipal, que acompanha também os contatos próximos do paciente.
Caso não haja a confirmação para nenhuma doença no diagnóstico diferencial, as amostras serão encaminhadas ao laboratório de referência, no Rio de Janeiro.
A secretaria informou ainda que, com este novo caso em investigação, o Estado soma seis casos notificados, todos de homens com idades entre 20 e 49 anos.
Dos seis casos:
A confirmação dos dois primeiros casos foi divulgada no fim da tarde de quinta-feira (14) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), que recebeu o diagnóstico positivo. Os dois pacientes são homens com idades entre 30 e 49 anos, que moram na Grande Vitória. Ambos têm histórico de viagem recente a São Paulo – Estado que concentra a maioria das confirmações da doença no Brasil, até o momento.
Apesar das confirmações, a Sesa informou que os dois pacientes já estão curados. "O período de isolamento desses dois pacientes já encerrou e ambos estão curados, não trazendo riscos à população", ressaltou, em nota.
Apesar de ter tomado os noticiários recentemente, a varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.
De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas e três semanas, consistindo em: febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.
De maneira geral, são duas as variantes principais da doença. A mais grave delas, conhecida como "cepa do Congo", pode chegar a 10% de mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de "cepa da África Ocidental", tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.
O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados. Por isso, a Anvisa sugeriu que os brasileiros usem máscaras, reforcem a higienização e façam o distanciamento social para evitar a transmissão.
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