Anunciado no início do mês como uma nova estratégia no controle da Covid-19 no Espírito Santo, o teste para verificar casos de reinfecção pelo coronavírus já está sendo realizado. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou que há situações suspeitas, com resultado positivo para a doença num intervalo superior a 30 dias, que passam por avaliação no momento.
A informação foi revelada pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, em coletiva nesta segunda-feira (20). Os casos suspeitos, cuja quantidade não foi divulgada pela Sesa, fizeram o PCR - considerado o teste ouro na Covid - que detecta o vírus no início, do primeiro ao oitavo dia de infecção. Com o passar dos dias, o patógeno já não deveria ser observado, mas sim os anticorpos desenvolvidos pelo organismo para barrar a Covid-19. Contudo, há pacientes que, depois de um mês, testaram positivo para o coronavírus.
"Estamos investigando alguns casos com PCR positivo um tempo maior que 30 dias. Precisamos saber se isso ocorreu em função de questão operacional, data da coleta no tempo adequado e outras questões que podem interferir no resultado, ou se é residual da primeira infecção", relacionou o subsecretário.
Reblin falou ainda que a Sesa está discutindo a elaboração de uma nota técnica que vai orientar todo o trabalho sobre casos suspeitos de reinfecção, e que situações serão consideradas para que pacientes sejam submetidos à avaliação.
Os critérios de seleção deverão ser estabelecidos nessa nota, mas o secretário Nésio Fernandes, no início do mês, já afirmou que os participantes serão capixabas que contraíram a Covid-19 durante o começo da pandemia e que, entre outros objetivos, a intenção é verificar o comportamento dos anticorpos criados por essas pessoas ao longo do tempo.
O secretário, na ocasião, disse também que os pacientes serão submetidos a testes sorológicos chamados IGGs, com a verificação da titulação de anticorpos e a análise dos exames será feita pelo Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen-ES).
Com o teste, que está sendo disponibilizado pela Coordenação Geral de Laboratórios da Saúde Pública (CGLAB), do Ministério da Saúde e da Fiocruz, o Estado terá a possibilidade de apurar vários procedimentos dentro do inquérito sorológico realizado no Espírito Santo, entre os quais a reincidência de casos.
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