A segunda-feira (23) foi marcada por acidentes graves nas rodovias federais que cortam o Espírito Santo, inclusive com a perda de uma vida de maneira trágica. Na Serra, por exemplo, uma carreta carregada com chapas de granito e um carro de passeio bateram de frente e o condutor do veículo menor foi a óbito no local.
Esta colisão faz aumentar o já impressionante número de acidentes registrados nas estradas federais no Estado. Até o mês de novembro foram mais de dois mil registros com mais de 100 vidas perdidas, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
O número preciso é de 2.167 acidentes, com um total de 105 mortes e ainda 2,5 mil pessoas feridas, tudo isso em um período inferior a um ano. As principais causas para que esse cenário ocorra são a alta velocidade ao volante, ultrapassagem em locais proibidos, desrespeito às sinalizações e falta de atenção por parte do condutor.
Segundo o inspetor da PRF no Estado, Valdo Lemos, os números registrados assustam e preocupam a Polícia Rodoviária Federal que atua no Espírito Santo.
"De fato, é um número elevado, mas um pouco menor em comparação com o ano passado, muito em virtude da diminuição do fluxo observado, principalmente, entre os meses de março, abril e maio, em função da pandemia (do novo coronavírus). Porém, mesmo com ela se desenvolvendo e menos carros circulando, a imprudência e a irresponsabilidade ainda continuaram elevadas", aponta o inspetor.
De acordo com o representante da corporação, as fiscalizações de trânsito são intensificadas no período dos feriados prolongados, quando há uma elevação no quantitativo de veículos circulando, mas também ocorrem no dia a dia, tanto para veículos de cargas como também automóveis de passeio.
"Nos carros menores, o foco das abordagens é principalmente para o excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas e as ações que colocam em risco a vida do próprio condutor como também dos demais que trafegam pela rodovia", salienta o agente da Polícia Rodoviária Federal.
Uma situação que poderia diminuir o número de acidentes é a duplicação da pista, aponta o inspetor - no Espírito Santo, apenas a BR 101 passa por duplicação. Esta, contudo, é de responsabilidade da Eco101, concessionária que administra a via que corta o Estado de norte a sul. Pelo cronograma original, os 475 km de extensão da pista no ES deveriam ser duplicados até o fim da concessão, em 2038, sendo que nos dez primeiros anos, ou seja, até o fim de 2023, 90% já deveria estar com duas faixas em cada sentido.
"Investimento em estrutura, no que tange a duplicação das pistas e colocação de um obstáculo físico (mureta, defensa metálica ou canteiro), ajuda demais, principalmente para se evitar as ultrapassagens em locais proibidos, como o que observamos ontem. Nessas condições, o motorista não precisa entrar na contramão contrária para realizar a manobra, então a chance de uma colisão frontal é diminuída. Este tipo de acidente não é o que mais ocorre, mas quando acontece os resultados são trágicos na produção de óbitos nas estradas capixabas", destaca o Inspetor Valdo.
Com informações de Carol Monteiro, da TV Gazeta
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