A Sesa esclareceu, em nota enviada na manhã desta quinta-feira (13), que os dados de mortes por dengue (incluindo informações por município), passados em coletiva de imprensa nesta quarta (12), são referentes aos municípios de notificação do óbito por dengue no Espírito Santo. O texto foi atualizado conforme os dados referentes ao local de residência do paciente. O texto foi atualizado, e o título também foi modificado com a atualização do número de mortes (de 29 para 31 óbitos).
O número de mortes provocadas pela dengue no Espírito Santo cresceu de forma exponencial nos primeiros meses de 2023 e já é pelo menos sete vezes maior se comparado com o ano passado. Até o momento, 31 pessoas não resistiram aos quadros mais graves da doença, enquanto este índice foi de apenas seis em 2022.
De acordo com os dados mais recentes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), ao todo, já são 86.611 notificações da dengue no Estado. Desse total, 43.475 foram confirmados e 28.210 ainda estão sob investigação.
Além disso, uma pessoa morreu em 2023 devido à chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, principal vetor da dengue. Até o momento, não há registros de óbito por zika.
Em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (12), o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Luiz Carlos Reblin, afirmou que a morte por chikungunya aconteceu em Viana. O município com a maior concentração de mortes pela doença é Linhares. Em seguida, aparecem Castelo, Vitória e Cachoeiro de Itapemirim, respectivamente.
Linhares - 6 óbitos
Castelo - 5 óbitos
Vitória - 3 óbitos
Cachoeiro de Itapemirim - 2 óbitos
Colatina - 2 óbitos
Muniz Freire - 2 óbitos
Serra - 2 óbitos
Afonso Cláudio - 1 óbito
Governador Lindenberg - 1 óbito
Ibatiba - 1 óbito
Marataízes - 1 óbito
Muqui - 1 óbito
Pancas - 1 óbito
Santa Maria de Jetibá - 1 óbito
São Mateus - 1 óbito
Vila Velha - 1 óbito
Das mais de 80 mil notificações feitas até o momento, cerca de duas mil foram de quadros graves ou com sinais de alarme (sintomas persistentes que exigem maior cuidado), conforme destacou o subsecretário. "Este é um número de pessoas que precisaram de um maior cuidado até agora. Os casos graves – foram 111 – já apresentam complicações. Ele sempre precisará estar internado", afirmou.
O subsecretário também ressaltou que o Estado pode ter começado a apresentar uma estabilidade da doença, mas que ainda não é hora de relaxar dos cuidados, visto que o número de novas notificações ainda está alto.
"Nas semanas [epidemiológicas] 11, 12 e 13, nós tivemos esse patamar de 9 mil casos notificados. Na 14, que foi a semana anterior daquele grande feriado [Semana Santa], nós tivemos cerca de 7.600 casos notificados. Teve uma redução de aproximadamente 21%. Estamos avaliando se essa diminuição se deu pelo feriadão, porque alguém com um sintoma mais leve pode não ter procurado o sistema de saúde. Então não temos certeza absoluta se chegamos na diminuição nos casos de dengue", afirmou.
"Já podemos trabalhar com uma estabilização das notificações, e acompanhar o momento em que elas começarão a reduzir entre nós. Mas ainda não é o momento de abaixar a guarda", completou.
Uma importante estratégia para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de arboviroses como dengue, zika e chikungunya, está na conscientização da população quanto às ações de cuidados. Esse trabalho se faz ainda mais importante, uma vez que 80% dos focos encontram-se nas residências.
Veja os cuidados divulgados pela Sesa:
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