No inverno é preciso ter atenção redobrada com as doenças respiratórias. Entre elas, está a coqueluche, uma enfermidade infecciosa respiratória causada por uma bactéria, que pode ser confundida com outras infecções mais leves. Apesar disso, ela pode levar à morte caso a prevenção não seja feita.
Um alerta para a necessidade da prevenção é o aumento dos casos da doença no Espírito Santo. Até julho deste ano, conforme dados da Secretaria de Saúde, foram notificados 79 casos suspeitos de coqueluche no Estado, com oito confirmados - um aumento em relação ao ano anterior, em que foram registrados apenas sete casos.
Um desses casos registrados neste ano foi confirmado no município de Linhares, no Norte do Espírito Santo. O paciente é uma criança de apenas cinco meses, que precisou ser internada. A cidade não havia registrado nenhum caso da doença em 2023.
Os especialistas reforçam que o principal caminho para erradicar a coqueluche é a vacinação, ofertada gratuitamente pela rede pública de saúde. A imunização começa nos primeiros meses de vida e vai até a vida adulta.
De acordo com a diretora de vigilância epidemiológica de Linhares, Jackelene Ramos, as doses do imunizante também estão liberadas para profissionais que atuam em instituições que atendem crianças menores de quatro anos, como as Unidades de terapia intensiva neonatal (Utin), prontos socorros, pessoas da área da educação, entre outros.
"O Estado liberou doses da vacina para todos esses profissionais. Essas pessoas têm direito à vacina, que está disponível nas unidades de saúde", reforçou a diretora.
Causada pela bactéria Bordetella Pertussis, a coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma infecção respiratória. Os casos tendem a se alastrar mais em épocas de clima ameno ou frio, como primavera e inverno.
De acordo com os especialistas, a principal característica da coqueluche é a ocorrência de crises de tosse secas e intensas. "É uma tosse mais prolongada [...], o paciente apresenta muita tosse, até perder a respiração e apresentar uma sensação de sufocamento", explica a médica pneumologista Kenia Schultz.
A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.
*Com informações do repórter André Afonso, da TV Gazeta
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta